A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), reforça os cuidados e orientações preventivas à doença mão-pé-boca, infecção viral contagiosa que afeta, principalmente, crianças menores de cinco anos.
Com duração média de uma semana, a doença pode ser transmitida principalmente por meio do contato direto com secreções nasais e orais, fluido vesicular (líquido presente em pequenas bolhas na pele) e fezes de pessoas infectadas. Objetos contaminados, como brinquedos e superfícies, também podem disseminar o vírus, assim como indivíduos que não apresentam sintomas, incluindo adultos.
A doença é mais transmissível durante a primeira semana após o início dos sintomas, podendo transmitir o vírus nas fezes ou por secreções respiratórias. Enquanto Vigilância em Saúde, a FVS-RCP realiza treinamentos a profissionais de saúde, monitora os casos em parceria com as vigilâncias em saúde municipais, além de fortalecer a notificação, prevenção e manejo clínico da doença no Amazonas a partir da emissão de nota técnica.
Para pais e responsáveis de crianças, principalmente as menores de cinco anos, é fundamental reforçar os cuidados para evitar a disseminação da doença mão-pé-boca. “É necessário ter atenção redobrada na educação infantil, especialmente em ambientes coletivos, como creches e escolas”, destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.

Identificação rápida
A publicitária Patrícia Lima, de 22 anos, disse que identificou a doença mão-pé-boca quando começaram a aparecer bolhas nas mãos e nos pés do filho Alexander Noah Garcia, de 1 ano e 3 meses. “No começo, achamos que era picada de mosquito, mas depois as bolinhas começaram a aumentar. Levamos ele ao pediatra e foi diagnosticado com a síndrome”, disse.
Após a identificação da doença, a publicitária disse ter ficado ainda mais atenta a qualquer sinal da mão-pé-boca, além de ter redobrado os cuidados com higiene, principalmente na volta às aulas. A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), Roberta Danieli, destaca que é preciso manter as medidas de prevenção.
“Diante de sinais como febre, aftas, lesões nas mãos e pés e dificuldade para engolir alimentos, a criança não deve ser levada à escola, que deve ser informada da situação. A orientação é buscar atendimento médico. Essa resposta ágil reduz o risco de transmissão e protege outras crianças e respectivas famílias”, ressalta Roberta.
Prevenção
A prevenção da doença mão-pé-boca está associada a medidas simples de higiene, como lavar as mãos, higienizar superfícies e objetos e cobrir nariz e boca ao espirrar. Outras orientações incluem: afastar crianças doentes do convívio escolar até que as lesões estejam cicatrizadas, não compartilhar talheres, copos ou mamadeiras.

Tratamento
O tratamento da doença é sintomático, ou seja, focado no alívio dos sintomas, uma vez que não há medicamento específico para o vírus causador da doença.
Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o paciente é avaliado por médicos que indicam medidas, como o uso de antitérmicos e analgésicos, hidratação adequada e, em alguns casos, anestésicos tópicos para alívio da dor. Além disso, são repassadas orientações importantes às famílias, como cuidados com a higiene, isolamento temporário da criança para evitar contágio e monitoramento dos sintomas por até sete dias.
Em casos mais graves, como febre persistente, desidratação, sonolência excessiva ou convulsões, o paciente deve ser encaminhado para unidades de média complexidade da SES-AM, a exemplo dos Hospitais e Pronto-Socorro (HPSs) infantis, Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).