O prefeito em exercício de Manaus, Renato Junior, participou nesta segunda-feira (14) de uma reunião estratégica com representantes do Exército Brasileiro, da comunidade acadêmica e de órgãos técnicos para discutir a implantação de um Instituto de Pesquisas do Exército na Amazônia, com sede na capital amazonense.
A proposta visa transformar Manaus em um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, reunindo forças civis e militares. A iniciativa envolve o Instituto Militar de Engenharia (IME), universidades como a Ufam e a UEA, e tem como foco áreas de fronteira do conhecimento, como comunicações quânticas, biotecnologia e transição energética.
Segundo Renato Junior, a articulação entre o Exército e as instituições locais pode impulsionar um novo ciclo de inovação sustentável na região. “Saímos com uma proposta concreta de parceria. Se os projetos forem adiante, poderemos sonhar com o IME sediado aqui, com impacto direto para todo o Amazonas”, afirmou.
O projeto prevê um ciclo inicial de seis anos, incluindo programas de extensão, pós-graduação em Engenharia de Defesa e uso de laboratórios especializados. A iniciativa também tem potencial para descentralizar o mercado de defesa nacional, tradicionalmente concentrado no Sudeste, e fortalecer a soberania tecnológica no Norte do país.
O general Juraci Ferreira Galdino, comandante e reitor do IME, destacou a importância do apoio da sociedade civil para viabilizar o projeto. “Temos o desejo, mas não os meios. Viemos com um apelo para unirmos forças. A Amazônia pode ser protagonista em ciência e tecnologia, se houver parceria”, enfatizou.
Ainda de acordo com Galdino, a nova unidade poderá posicionar Manaus como polo estratégico de inovação, alinhado às tendências globais em inteligência artificial, tecnologias quânticas e sustentabilidade. “Esperei 15 anos por esse sonho. Acredito que agora ele possa se realizar”, concluiu.
Participaram também da reunião o secretário municipal de Administração, Planejamento e Gestão (Semad), Célio Guedes, representantes do 4º Centro de Geoinformação do Exército e lideranças universitárias. Novos encontros técnicos devem ocorrer nas próximas semanas para alinhar os próximos passos do projeto.