Manaus é a capital do Norte que mais investe em saneamento básico e a 6ª do Brasil

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Fotos – Divulgação / Manaus

Nos últimos cinco anos, entre 2019 e 2023, Manaus foi a cidade da região Norte que mais investiu em saneamento básico, sendo o sexto maior investimento do Brasil, segundo o ranking do Instituto Trata Brasil. Foram investidos R$ 1.158 bilhão em saneamento básico no período, quase o mesmo montante das demais capitais da região que, somadas, investiram R$ 1,3 bilhão.

O resultado do investimento é demonstrado com o aumento da cobertura do serviço de água e esgoto na capital amazonense, saindo de 18% para 35% de cobertura, com previsão de atingir 40% até o fim de 2025.

A meta é ainda mais ousada com o lançamento, em 2024, do programa “Trata Bem Manaus”, que visa universalizar o serviço de esgotamento até 2033. Estão previstos mais de 2,7 milhões de metros de redes coletoras e a construção ou ampliação de 70 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), com investimentos estimados em R$ 2 bilhões. As ações constam no Plano Diretor de Esgoto, aprovado em 2024, o qual vem sendo acompanhado criteriosamente pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman).

“Investir em saneamento é salvar vidas. É dar dignidade para quem sempre foi esquecido. Manaus está mostrando que é possível fazer diferente: mais de R$ 1 bilhão investidos, rede de esgoto chegando onde nunca tinha chegado, água tratada nos becos, nos rip-raps, nas áreas mais vulneráveis da cidade. Isso é justiça social. Isso é cuidar de gente. E a gente vai seguir avançando, porque a meta é clara: até 2033, mais de 90% da nossa cidade com esgoto tratado. E com tarifa acessível, para ninguém ficar de fora. Saneamento não é luxo, é prioridade”, afirma o prefeito em exercício Renato Junior.

Apenas oito capitais brasileiras investiram mais de um bilhão de reais em abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto entre 2019 e 2023. Manaus, sexto maior investimento dentre os municípios brasileiros, investiu R$ 1.158 bilhão. Esse montante representa quase o dobro de Belém/PA, que foi de R$ 612,25 milhões.

O levantamento do Instituto Trata Brasil destaca também que Manaus é a quinta capital do país que mais reduziu o volume de desperdício de água. A capital do Amazonas está entre as 10 capitais brasileiras que mais evolui com cobertura de água e esgoto no período aferido pelo ranking.

A Prefeitura de Manaus ressalta que o último relatório do Instituto Trata Brasil compilou os dados até o ano de 2023. Em 2024, foi lançado o Trata Bem Manaus. O programa acelerou os investimentos com meta de universalizar o acesso à coleta e tratamento de esgoto na área urbana do município até 2023.

Tarifas Sociais

Para garantir o acesso da população mais vulnerável, a concessionária mantém programas como a “Tarifa 10” e a “Tarifa Manauara”, que beneficiam juntos aproximadamente 550 mil pessoas em Manaus. A “Tarifa Manauara”, que oferece 50% de desconto, saltou de 35 mil para mais de 107 mil famílias atendidas.

Já a “Tarifa 10” fixa o valor da conta em R$ 10 para cerca de 28 mil famílias. Essas tarifas são concedidas com base em critérios técnicos, objetivos, e auditáveis, que passam por fiscalização dos diversos órgãos de controle, dentre eles a Controladoria-Geral da União (CGU), assegurando a transparência e a eficiência do programa. Os modelos inspiraram políticas em nível nacional e apresentam alta adimplência, evidenciando a confiança da população no serviço.

Desde que o município de Manaus assumiu a regulação local dos serviços de água e esgoto, a partir da criação da Ageman, o órgão regulador municipal tem desempenhado papel central no acompanhamento das metas contratuais e no controle da qualidade dos serviços prestados. A agência atua analisando os planos de expansão, metas e de melhorias contínuas, adota instrumentos de monitoramento e aplica medidas sancionatórias sempre que necessário, com respaldo do Conselho Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus.

Fotos – Divulgação / Manaus

“A atuação da Ageman vai muito além do papel formal de agência reguladora. Estamos nas ruas todos os dias, ouvindo a população, fiscalizando, in loco, cada etapa dos serviços e cobrando eficiência operacional e rapidez nas respostas aos usuários. Manaus enfrenta desafios únicos, semelhantes aos de uma cidade-estado: crescimento populacional acelerado, alta densidade urbana, expansão contínua de novas áreas e uma demanda reprimida que exige ação firme do poder público para levar água e esgoto a regiões geograficamente distantes”, afirma o diretor-presidente da Ageman, Elson Ferreira.

Plano Municipal de Saneamento Básico

De iniciativa da Prefeitura de Manaus, o novo Plano Municipal de Saneamento Básico de Manaus (PMSBM) está sendo elaborado por especialistas locais e nacionais, com a colaboração de profissionais e empresas de saneamento de Portugal, em consonância com os princípios estabelecidos pela Política Nacional de Saneamento Básico (Lei n° 11.445/07), pelo novo Marco Regulatório (Lei 14.026/2020) e pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/2010). A nova proposta visa planejar as ações de saneamento da cidade para os próximos 20 anos, abrangendo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais.

O plano busca melhorar a qualidade de vida da população e a sustentabilidade urbana, integrando políticas públicas e promovendo a gestão eficiente dos recursos. A iniciativa está sendo construída com ampla participação social e de acordo com o cronograma, o prognóstico deve ser entregue já no segundo semestre de 2025. Em seguida, o Plano segue para a fase de realização de audiências públicas e aprovação pelo legislativo municipal.

Preparação para COP30

Manaus se prepara para apresentar na COP30 seus avanços em saneamento básico. A universalização do acesso à água potável, os investimentos para universalização da coleta e tratamento de esgoto até 2033, a coleta seletiva, o reaproveitamento dos resíduos sólidos, o combate ao descarte irregular, a Central de Valorização de Resíduos Sólidos, a Escola Ambiental, o retrofit do atual aterro controlado e os serviços de drenagem. Investimentos que estão sendo realizados e/ou estruturados com apoio do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) e recursos a fundo perdido do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS). Soluções de Parcerias Público-Privadas e Concessões que aceleram investimentos. E ainda existem as apostas em soluções baseadas na natureza, tais como a planta mureru, que utilizamos na recuperação de lagoas, e da criatividade das ecobarreiras em nossos igarapés, minimizando a contaminação do rio Negro.

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