A Campanha Anual de Vacinação Antirrábica de 2023 da Prefeitura de Manaus imunizou 262.177 animais no município, superando a meta para imunização de 255.480 animais. Iniciada no dia 20 de setembro e encerrada nesta quarta-feira, 6/12, a campanha foi executada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) Dr. Carlos Durand, com o apoio de 220 vacinadores que realizam visitas domiciliares para a imunização de cães e gatos.
Dados consolidados da campanha mostram que o CCZ imunizou 182.061 cães e 80.116 gatos, quando a meta era atender 180.480 cães e 75 mil gatos.
O diretor do CCZ, médico veterinário Rodrigo Araújo, explica que as metas são estabelecidas pelo Ministério da Saúde de acordo com o número estimado de animais nos municípios, e que o CCZ procura sempre imunizar o maior número possível de animais na campanha anual, que inclui as etapas Fluvial, Rural Terrestre e Urbana.
“As metas foram superadas antes mesmo do final da campanha. Geralmente, nosso maior obstáculo é o período de chuvas, que prejudicam o ritmo de trabalho dos vacinadores nas visitas casa a casa, mas tivemos uma trégua este ano com as chuvas e foi possível finalizar os trabalhos tranquilamente. Superar as metas é importante, porque a raiva é uma doença muito grave e letal. A estratégia de controle em Manaus tem mostrado ser eficiente, já que o município não registra casos há mais de 20 anos”, afirma Rodrigo.
Com o final da campanha, o diretor lembra que a vacina contra raiva para cães e gatos fica disponível durante todo o ano no posto de vacinação na sede do CCZ, na avenida Brasil, s/n°, bairro Compensa, zona Oeste, de segunda a sexta-feira, de 8h às 16h, de forma gratuita e sem necessidade de agendamento.
“A população também pode ficar atenta às redes sociais da Semsa, para ter informações das ações de saúde que acontecem nos finais de semana com a participação do CCZ e oferta da vacina”, informou Rodrigo.
A raiva é uma zoonose, causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central, transmitida por mamíferos. Pode ser transmitida dos animais para o ser humano, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura, quando ocorre o contato com a saliva de um animal infectado. Animais domésticos, como cães e gatos, e silvestres, em especial morcegos e macacos, são os principais transmissores.
A vacina contra a raiva deve ser aplicada anualmente, para garantir a proteção contra a doença e o critério para a vacinação é que o animal apresente boas condições de saúde e tenha ao menos três meses de idade.
Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e da Saúde do Trabalhador (Dvae/Semsa), Marinélia Ferreira, caso o tutor não tenha vacinado o cão ou gato por alguma questão de saúde e por não ter a idade mínima recomendada, pode procurar o CCZ para a vacinação.
“A vacina não protege somente os animais, mas também o ser humano, já que cães e gatos convivem de forma muito próxima com as pessoas. Se o cão ou gato for infectado, há risco muito grande de transmissão para o ser humano, e a raiva é letal em 100% dos casos em animais e em 99% quando ocorre a transmissão para o ser humano”, alertou Marinélia.
No encerramento da Campanha, o CCZ e o Dvae organizaram um café da manhã e uma homenagem para os profissionais que atuaram como vacinadores, com a visita do Papai Noel. Durante o evento, a dona de casa Eloiana Maria Pimentel Oliveira, 58 anos, que vem trabalhando na campanha de vacinação antirrábica desde 1991, destacou a importância do envolvimento da população.
“A gente trabalha com chuva e sol, e pela minha experiência muitas vezes encontramos a residência fechada, algumas pessoas atendem e outras vezes não atendem. Mas é importante a população sempre acolher bem o vacinador, porque a gente está fazendo o bem para o animal e para toda a família”, pontuou Eloiana Oliveira.
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