O clima entre Brasília e Washington esquentou de vez. Jason Miller, conselheiro de Donald Trump e ex-estrategista de campanha, usou o X (antigo Twitter) neste domingo (10/8) para mandar um recado direto e carregado de ameaça: “Libertem Bolsonaro… ou então”. A frase, publicada em resposta a um internauta que defendia o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, colocou mais lenha na fogueira da já acirrada disputa entre os dois países.
Miller, conselheiro do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, declarou que “não vai parar” ou “desistir” até que o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) esteja livre. Ele está em prisão domiciliar desde a última segunda-feira (4/8), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A ofensiva verbal de Miller veio acompanhada de críticas diretas dos Estados Unidos à atuação de Moraes, já sancionado pelo governo Trump com base na Lei Magnitsky legislação que pune autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos. As sanções incluem bloqueio de bens, contas e proibição de entrada em território norte-americano.
O Itamaraty reagiu de forma dura, classificando as declarações e postagens da Embaixada dos EUA no Brasil como um “ataque frontal à soberania nacional”. O Ministério das Relações Exteriores reforçou que o país “não se curvará a pressões, venham de onde vierem” e repudiou o que chamou de “ingerências reiteradas” em assuntos internos.
O embate virou uma queda de braço diplomática com final imprevisível e cada nova postagem parece empurrar Brasil e EUA para um confronto ainda maior. Nos bastidores, aliados de Bolsonaro veem na pressão internacional uma chance de reverter sua situação judicial, enquanto ministros do STF alertam para riscos à estabilidade institucional.