Lanchonete da UEA é interditada e autuada após estudante encontrar tapurus em frasco de pimenta

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Após denúncia de universitários, a lanchonete Tupã, da empresa Tupã Importações LTDA, foi interditada pela Vigilância Sanitária do Município (Visa Manaus), órgão da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na tarde desta quinta-feira, 20, após apresentar irregularidades no acondicionamento de alimentos, problemas de organização dos itens alimentícios e até falhas na estrutura do estabelecimento, entre outras faltas que colocavam em risco à saúde dos consumidores.

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A lanchonete funcionava nas dependências da Escola Superior de Artes e Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a fiscalização ocorreu sob a supervisão da direção e de funcionários do estabelecimento. Mais de 15 quilos de alimentos como salgados, sanduíches, polpa de frutas – entre elas tucumã sem selo de origem –, refeições prontas e frios foram apreendidos e descartados no local após a indicação de temperatura imprópria para armazenamento, além de aparência e odores sem condições de uso. A ação observou as legislações municipais 392/1997, 3910/1997 e a portaria 216 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A equipe de fiscalização destacou, ainda, problemas na estrutura de funcionamento da lanchonete. “Há problemas estruturais da parte interna, como uma boca de acesso de esgoto dentro da própria cozinha, que dá acesso livre às pragas e insetos, constituindo risco latente”, alertou o fiscal da gerência de produtos da Visa Manaus, Fábio Markendof, salientando que as sanções imediatas no caso foram a interdição, inutilização dos produtos irregulares e uma multa que pode variar até 400 Unidades Fiscal do Município (UFM), ou seja, até R$ 60.000.

De imediato, a empresa responsável tem prazo de três dias úteis para providenciar a defesa, mas o local somente reabrirá ao público quando cessar o risco sanitário e as pendências forem sanadas.

Caso ‘tapurus’ na pimenta

A estudante Isis Brasil foi autora da denúncia que deu origem à fiscalização dessa quinta-feira e contou que o episódio em que foi avisada de que a pimenta que ela consumiu minutos antes tinha, no recipiente, vários ‘tapurus’ e que, mesmo após procurar a administração do estabelecimento, não houve retratação ou providências. “Eu já acionei a reitoria da universidade e lá me ajudaram bastante, uma vez que foi um caso de desleixo por parte da empresa que cuida da lanchonete e tem a ver com nossa saúde. Meus colegas dão relatos de moscas ou lixo perto da comida na lanchonete todos os dias, além de sempre reclamar do atendimento. A vigilância sanitária deu urgência ao caso e eu espero que eles corrijam essa situação”, comentou a jovem, exibindo um vídeo em que mostra as condições da lanchonete, que foi compartilhado por diversas pessoas nas mídias sociais.

Assim como nesse caso, o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, ressaltou a importância da população como a principal fiscal da saúde. “A população pode denunciar pelo0800 092 0123, o nosso Disque Visa, pois, com a parceria da população nas denúncias, a gente pode chegar às irregularidades e corrigi-las”, disse.

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