Homofobia é debatida com representantes do Fórum LGBT/Amazonas

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Homofobia foi o tema da Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta segunda-feira (26). De autoria do deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), a discussão contou com a participação do deputado estadual Luiz Castro (PPS) e de representantes do Fórum Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT/Amazonas). O Dia Internacional contra a homofobia foi comemorado no dia 17 de maio.

Na opinião de Abdala Fraxe, trata-se de uma discussão importante que a sociedade precisa enfrentar, tendo em vista que o ser humano tem o livre arbítrio de escolher o caminho a seguir no que se refere à opção sexual. Segundo o parlamentar, a forma positiva de combater a homofobia no Amazonas é discutir o tema, inclusive propagar a defesa das pessoas que defendem seu ponto de vista. “A dificuldade de conviver com o contrário precisa ser discutida”, disse.

Por sua vez, Luiz Castro também condena as práticas ameaçadoras contra qualquer ser humano por uma questão de gênero, classe e credo religioso com relação à definição sexual. “Cristo não foi homofóbico”, afirmou, ressaltando que a religião Cristã não ensina a homofobia, ressaltando palavras do papa Francisco ao dizer: “Quem sou eu para condenar”, abrindo novo campo de diálogo da Igreja Católica com todos os movimentos e segmentos GLBT.

De acordo com o secretário do Fórum, Jefferson Pereira LGBT/Amazonas, os casos de homofobia estão em compasso de crescimento no Amazonas. Foram registrados 15 casos de mortes em 2012, o mesmo número em 2013, enquanto neste ano já chegaram a 13 casos. Na ocasião, o secretário fez a entrega de uma minuta propondo a criação do Conselho Estadual da População LGBT.

A coordenadora do Fórum LGBT/Amazonas e Conselheira Municipal dos Direitos da Mulher (Semansdh), Sebastiana Silva, denunciou com base na pesquisa do grupo Gay da Baia (GGB), que a região Norte está em primeiro lugar no ranking de crimes contra a mulher, o negro e o homossexual. “Nossa luta é diária”, disse, ressaltando a necessidade de que sejam criados mecanismo para conter essa violência, inclusive por parte da polícia.

Disk 100

diretora do Departamento de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), Seilani Almendros, disse que a secretaria possui no departamento um centro de referência de combate a homofobia, que recebe denúncias variadas, cuja maioria chega por meio do Disk 100, enquanto outras pessoalmente ou pelo telefone da Sejusc, o 3215-2736. As denúncias são avaliadas por assistentes sociais e psicólogos que dependendo do tipo de denúncia encaminha o caso para a Defensoria Pública Estadual ou Polícia Civil.

De acordo com Seilani Almendros, são realizadas campanhas em faculdades e a população em geral sobre a importância de denunciar os crimes contra a homofobia, que na tradução oficial, o termo se origina de duas palavras: Homo, pseudoprefixo de homossexual e fobia do grego φόβος “medo”, “aversão irreprimível”, traduzido como uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a pessoas homossexuais, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais.

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