O governo dos Estados Unidos voltou a endurecer o discurso contra Alexandre de Moraes. Em publicações feitas nesta segunda-feira (18) no X (antigo Twitter), pelo Escritório de Assuntos do Ocidente e pela Embaixada dos EUA no Brasil, a administração Trump classificou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) como “tóxico” a Casa Branca também reafirmou que todos os cidadãos e empresas americanas estão proibidos de manter qualquer tipo de relação comercial com Moraes.
“Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados”, diz a postagem. O Departamento de Estado ressaltou ainda que “nenhum tribunal estrangeiro pode invalidar as sanções dos Estados Unidos ou poupar alguém das consequências graves de violá-las”.
Moraes foi incluído em julho na lista de sancionados pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), sob a Lei Magnitsky legislação que pune estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos. Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o ministro brasileiro teria utilizado seu cargo para autorizar prisões preventivas arbitrárias e reprimir a liberdade de expressão.
As declarações coincidiram com a publicação de uma entrevista de Moraes ao jornal The Washington Post. Na conversa, o ministro afirmou que não pretende recuar em relação às investigações do processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus acusados de planejar um golpe.
“Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as evidências e quem tiver de ser condenado será condenado. Quem tiver de ser absolvido será absolvido”, declarou.