As últimas famílias das comunidades Manaus 2000 e Sharp, que estavam alojadas na igreja Sagrada Família da área missionária de Cáritas, deixaram o abrigo na tarde desta terça-feira (28/03), após receberem do Governo do Amazonas o auxílio-moradia, no valor de R$ 550. Por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejusc) e a Igreja Católica, 20 famílias foram acolhidas no local, após ficarem desabrigadas, por conta da forte chuva do último sábado (25/03) na capital amazonense.
As famílias são beneficiárias do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), gerenciado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) que junto com uma força-tarefa, prestou toda a assistência aos desabrigados nas duas comunidades. De acordo com o órgão, todas as 63 famílias beneficiárias do programa que estavam em abrigo já receberam bolsa moradia transitória e estão acomodadas, enquanto aguardam a solução definitiva de reassentamento.
Nesta terça-feira, o Governo do Amazonas, por meio da Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) e da UGPE, acelerou o processo de reassentamento para as famílias que perderam suas casas.
“A Bolsa Moradia Transitória, nesse momento, foi algo de urgência. A Suhab e a UGPE atuaram para acelerar o trâmite processual dos beneficiários do programa, para que essas famílias não fiquem desabrigadas”, disse Karen Nascimento, assistente social da UGPE.
Videval José de Souza, de 56 anos, era morador da Comunidade Manaus 2000 desde 2020. Ele passou três dias no abrigo temporário e, na tarde desta terça-feira (27/03), recebeu o auxílio-moradia. Com a assistência prestada pelo Estado, o autônomo conseguiu um novo lugar para morar, no bairro Japiim, zona sul. Ele falou sobre os planos de reconstruir a vida em um novo lugar.
“Agora eu estou melhor, graças a Deus. Cada qual vai receber seu auxílio. Eu ainda não estou muito triste, porque eu sou sozinho, mas a família que tem filhos é outra situação. Meu plano é montar meu negócio de novo; trabalho com churrasco e acarajé. Graças a Deus eu vim para cá hoje”, disse Videval.
Além do auxílio-moradia, as famílias que saíram do abrigo receberam kits de higiene, cesta básica e água mineral. A Sejusc também continuará com o atendimento psicossocial com algumas famílias.
“Eles levam de suporte cesta básica, água mineral, kit de higiene, entre outras coisas. Vamos seguir com o acompanhamento psicológico, a Sejusc estará monitorando principalmente as crianças”, ressaltou a secretária-executiva da Sejusc, Anne Alves.
Ações
Responsável pelo abrigo, a Sejusc viabilizou, junto à Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) e a UGPE, documentação, auxílio e transporte dos desabrigados para seus novos lares, além de fornecer alimentação durante as estadias.
São José
Outras 15 famílias, moradoras do bairro São José, que residiam próximo a um igarapé, que transbordou no sábado (25/03), seguem abrigadas na Escola Estadual Dr. Isaac Sverner e passarão a ser acompanhadas pelas equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc).