Festival Literário de Manaus encerra primeira edição com participação do público jovem

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fotos - Cristóvão Nonato / Concultura

Nos dois dias de evento, o Festival Literário de Manaus (Flim) reuniu mais de 500 pessoas, tendo forte presença de jovens que tiveram o primeiro contato com o mundo literário. O festival realizado pela Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), aconteceu no teatro Gebes Medeiros (Ideal Clube), no Centro.

A presença dos jovens foi uma prova do real sucesso do festival que tem, entre seus objetivos, a formação de público leitor, afirmou o presidente do Concultura, Tenório Telles.

“Foi uma grata surpresa a presença desses jovens leitores no primeiro Flim, inclusive com crianças que foram trazidas pelos pais. Isso foi um fato impensável quando projetamos o evento”, revelou.

O estudante secundarista, Eduardo da Silva, 18 anos, pela primeira vez participa de um evento literário, e ficou curioso depois de ver no jornal a realização do Flim.

“Achei tudo muito interessante, tanta gente falando e ouvindo sobre livros e como fazê-los. Não sabia que tinham tantos livros de escritores amazonenses, vou procurar ler”, disse.

A estudante Sarah Benayon, 12 anos, soube do evento e foi levada pelo seu tio, e ainda convidou mais três amigos, todos adolescentes. “Este ano já li dez livros sobre distopias,  tudo em ambiente virtual, agora, depois de ver expostos tantos livros de autores locais  vou procurar ler”, se comprometeu.

fotos – Cristóvão Nonato / Concultura

Eventos 

Pela manhã, duas mesas-redondas e uma oficina movimentaram os mais de cem participantes.  Com o tema “A Poesia – Sua Presença e Importância Num Tempo de Mutações e Despojado de Transcendência”, a primeira mesa teve a participação dos escritores Thiago Roney e Neiza Teixeira, com mediação de Susy Freitas.

Uma revelação, ganhador do prêmio Jabuti de 2018, com o Livro do Ano de poesia, o cearense morador da pequena cidade de Varjota, o poeta Mailson Furtado, dividiu a mesa com o amazonense, Jorge Bandeira, ambos, também dramaturgos. Eles dissertaram sobre “O Diálogo das Artes –  A Poesia e o Teatro como Expressões do Ser no Mundo”. Furtado retornou à tarde, ao lado do poeta e ensaísta Zemaria Pinto, na Oficina da Palavra “O Gênero Poético e seu Processo Criativo”.

Ainda no turno da tarde, uma mesa temática sobre “A Presença Modernista na Literatura do Amazonas – Temas, Autores e o Debate sobre Atualização Estética”, foi desenvolvido pelos escritores e professores Marcos Frederico Krüger e Francisca Lourdes Louro, com mediação de Carlos Guedelha.

A oficina “O Gênero Ensaístico e a Crítica Literária”, pela manhã, teve como convidado especial o romancista e um dos maiores críticos literários do país, José Castello, ganhador de vários prêmios Jabutis.

“Nunca me considerei um crítico literário, só tento escrever uma carta ao leitor sobre a experiência que senti ao atravessar a aventura que aquela obra me proporcionou”, revelou Castello.

Sua fala fácil e destemida sobre temas complexos como inspiração, sucesso e os autores que admira, teve uma forte e calorosa reação do público presente. Castello retornou à programação da parte da tarde, com a palestra de encerramento, sobre Literatura e Sociedade,  recebendo intensos aplausos dos presentes.

O encerramento teve a atuação do ator Leonardo Novellino, que recitou três poemas de importantes autores amazonenses. Após essa performance, o presidente do Concultura agradeceu a participação dos escritores e da plateia, bem como dos apoiadores: Rede Amazônica, Editora Valer e SEC. Ressaltou o fato de que essa ação da prefeitura tem o objetivo de promover a leitura e os autores que constroem suas obras em Manaus, possibilitando ainda o diálogo com os leitores e despertando novos talentos.

Ao final, convocou os presentes para trabalharem juntos na preparação da segunda edição do Flim em 2023. Após esse momento foi servido um coquetel, ao mesmo tempo em que o poeta Thiago Roney autografou seu livro “O drone de Yebá Buró”.

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