Festival Amazonas de Ópera alcança sucesso em Portugal com a apresentação da ópera Onheama

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Criado no ano de 1997 pelo Governo do Amazonas, os ecos do Festival Amazonas de Ópera começam a soar no outro lado do Oceano Atlântico, no continente europeu. Portugal recebe, nos dias 21 e 22 de maio de 2016, dentro da programação do Festival Terras Sem Sombra, a ópera “Onheama”, escrita exclusivamente para o 18º Festival Amazonas de Ópera. A regência da ópera caberá ao maestro Marcelo de Jesus, regente adjunto da Amazonas Filarmônica.

Marcelo

Onheama, encomenda exclusiva para o Festival Amazonas de Ópera, foi escrita pelo fluminense João Guilherme Ripper, baseada no poema “A Infância de Um Guerreiro”, do escritor amazonense Max Carpenthier. Para a apresentação em Portugal, foram cedidos os direitos de apresentação, segundo o secretário de Estado de Cultura (SEC), Robério Braga. “Não é a primeira vez que um dos nossos músicos ganha projeção internacional. Recentemente, tivemos aqui o Festival Internacional de Metais da Amazônia, quando nossos músicos foram selecionados para se apresentar com outros músicos de renome, como Otto Sauter e Enjott Schneider. Tudo isso é fruto do trabalho que desenvolvemos aqui”, ressalta.

A apresentação de Onheama em Portugal se deve ao fato de o diretor do Festival Terras Sem Sombra ter assistido todo o ciclo de “O Anel do Nibelungo”, apresentado nas edições de 2001 a 2005 do Festival Amazonas de Ópera, e desde lá, ter assistido várias edições do evento. “O diretor ficou encantado, e logo recebemos o convite para apresentar Onheama. Isso tem mostrado que a repercussão do Festival já chega a níveis internacionais, nos deixando orgulhosos e honrados pelo trabalho que realizamos em Manaus”, afirma Marcelo de Jesus.

 As apresentações de Onheama acontecem na cidade de Serpa, no Cineteatro Municipal, no dia 21 de maio, às 21h30, e no dia 22 de maio, às 16h. A execução da obra será realizada pela Orquestra Sinfônica Portuguesa, pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos, dirigido por Giovanni Andreoli, e pelo Coro Juvenil do Instituto Gregoriano de Lisboa, dirigido por Filipa Palhares. A direção de cenografia e figurinos cabe a Miguel Costa Cabral e a direção musical, a Marcelo de Jesus.

 O Festival Terras Sem Sombra

Criado em 2003 com o apoio da Diocese de Beja, em Portugal, o Festival Terras Sem Sombra de Música Sacra do Baixo Alentejo é uma iniciativa da sociedade civil que visa tornar acessíveis, a cada edição, os monumentos religiosos do território da diocese, como locais privilegiados para desfrutar a música sacra.

Um dos objetivos do Festival é a valorização dos recursos naturais, com ações de voluntariado para a preservação da biodiversidade portuguesa em cada comunidade que é percorrida pelo Festival.

Um paulista em terras amazonenses

Paulista de nascimento, mas amazonense de coração, Marcelo de Jesus dedicou 13 anos de carreira musical ao estado do Amazonas. Tendo chegado a Manaus em 2003, sua estreia foi no 7º Festival Amazonas de Ópera, regendo a ópera “La Cenerentola”, de Gioachino Rossini, com a Orquestra de Câmara do Amazonas, também criada naquele ano. Em outras edições do Festival, regeu “Norma”, de Vincenzo Bellini (2004); “Yerma”, de Heitor Villa-Lobos (2010); “Poranduba”, de Edmundo Villani-Côrtes (2011); “Pedro Malazarte”, de Camargo Guarnieri (2005); e mais recentemente, “Lucia di Lammermoor”, de Gaetano Donizetti (2014); e “Médée”, de Luigi Cherubini (2016).

 Marcelo de Jesus começou sua carreira em Manaus como pianista assistente do Festival Amazonas de Ópera, e atualmente é regente adjunto da Amazonas Filarmônica, regente adjunto da Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica, e regente titular da Orquestra de Câmara do Amazonas, além de Diretor dos Corpos Artísticos do Amazonas.

O maestro conta que se sente honrado e muito agradecido pelo convite a Portugal. “Boa parte do que eu sou hoje se deve ao Festival Amazonas de Ópera. Minha dedicação, desde quando cheguei a Manaus, é ao Festival e ao Amazonas, e sou muito grato a essa oportunidade de poder representar esse estado tão maravilhoso na Europa”, ressalta, emocionado.

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