Ex-atriz de ‘Malhação’, Carolinie Figueiredo desabafa sobre depressão

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A atriz Carolinie Figueiredo, de 29 anos, publicou um longo desabafo sobre depressão em seu perfil no Instagram. Conhecida por ter vivido a personagem Domingas em algumas temporadas de Malhação a partir de 2007, seu último trabalho na televisão ocorreu em 2013, quando interpretou Júlia em Sangue Bom, novela das 7.

Carolinie iniciou compartilhando um histórico familiar de depressão, manifestada em sua avó e mãe, e que chegou em sua vida há sete anos. Em seguida, caracterizou a doença mental como “uma falta de ânimo, uma perda de vontade de seguir meus planos, uma tristeza profunda somatizada pela apatia”.

“Conheço esse cheiro de querer jogar tudo e ir embora, conheço essa voz que aparece e me traz dúvidas sobre quem eu sou e sobre minha trajetória. Eu já estive aqui e sei que essa é a hora de pedir ajuda, de deitar no chão e deixar a emoção brotar sem reprimir. Essa é a hora de colocar minhas músicas e deixar meu corpo se movimentar enquanto limpa, brilha e sabiamente encontra seu caminho de auto cura”, escreveu.

A atriz encerrou com uma reflexão sobre o impacto da doença em sua vida, assim como a sororidade com outras mulheres que passam pelo mesmo. “Eu aprendi que nossas maiores dores se tornam também nossos maiores tesouros. Eu me tornei uma apoiadora de outras mulheres porque eu conheço bem o caminho de descida mas também a escalada de voltar a luz. E hoje já aprendi a acolher e abraçar essas mil partes que sou. Agora já sei como equilibrar todas essas partes para que elas caminhem na mesma direção”, finalizou.

 

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Há quase sete anos eu observo a depressão me rondar. Sinto correr nas minhas veias: já manifestada na minha avó paterna, Já manifestada na minha mãe com tantas adversidades e perdas. Às vezes sinto essa força me chamando a entrar no seu quarto escuro e mofado que já estive. Nomeio aqui uma falta de ânimo, uma perda de vontade de seguir meus planos, uma tristeza profunda somatizada pela apatia. Esse ano eu precisei nomear essa força que me ronda. Precisei incluir ela como uma possibilidade a existir ao invés de fingir que ela não existe (ou me encher de comida ou coisas materiais pra amenizar um buraco interno). Nesse caminho de Autoconsciência nós começamos a nomear os padrões, nomear as repetições automáticas que nos levam a reagir por antigos caminhos, ainda que eles não sejam a favor do que é da vida. Então começamos a reconhecer com mais rapidez quando escorregamos em antigos terrenos. Olha…conheço esse cheiro de querer jogar tudo e ir embora, conheço essa voz que aparece e me trás dúvidas sobre quem eu sou e sobre minha trajetória. Assim paramos de correr atrás do próprio rabo e começamos a espiralar: eu conheço esse buraco úmido e fundo. Eu já estive aqui E sei que essa é a hora de pedir ajuda, de deitar no chão e deixar a emoção brotar sem reprimir. Essa é a hora de colocar minhas músicas e deixar meu corpo se movimentar enquanto limpa, brilha e sabiamente encontra seu caminho de Auto cura. Quando uma parte minha cai no chão vou até ela e pergunto: o que você está precisando? Chorar. E já vem outra dizer: chora pra sair mas levanta daí antes que acredite nessa história ao ponto de se identificar. Eu te amo, estou aqui. Essa parte-sábia dá colo pra essa outra que ainda cai. E hoje, enquanto você lê esse texto, eu estarei dançando-limpando e minguando como a lua. Eu Aprendi que nossas maiores dores se tornam também nossos maiores tesouros. Eu me tornei uma apoiadora de outras mulheres porque eu conheço bem o caminho de descida mas também a escalada de voltar a luz. E hoje já aprendi a acolher e abraçar essas mil partes que sou. Agora já sei como equilibrar todas essas partes pra que elas caminhem na mesma direção. 🙏🏽 📸 @rianimariane #luaminguante

Uma publicação compartilhada por Carolinie Figueiredo (@carolinie_figueiredo) em

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