Estudo analisa relação do tratamento da Aids com nutrição dos pacientes

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A estudante de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ana Carolina Barros, desenvolveu um estudo com apoio do governo do Amazonas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) para avaliar a relação dos medicamentos usados no tratamento da Aids com a nutrição dos pacientes diagnosticados com a doença.

HIV

“Nossa proposta é ver como os medicamentos atingem a nutrição dos pacientes, se eles engordam ou emagrecem, ou seja, como alteram o seu metabolismo”, disse a universitária.

Com o tema “Nutrição e Adis: uma proposta de avaliação nutricional e classificação de risco”, o estudo é desenvolvido na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVT) no âmbito do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic).

Atualmente, 7,2 mil pacientes recebem tratamento na unidade, conforme dados da coordenação estadual DST-Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). No primeiro trimestre deste ano, foram registrados 377 novos casos de Aids no Estado.

O estudo também conta com a colaboração da médica Mariane Campos, recém-formada pela Ufam. Ela deu início aos estudos quando ainda era universitária. Envolvida em outras pesquisas do Paic, ela acredita que o programa contribui para que mais universitários se interessem pela pesquisa.

Segundo Ana Carolina Barros, o projeto de pesquisa está em fase final. Ao todo, 160 pacientes que estão em tratamento na FMT-HVD foram ouvidos durante estudo.

Ela informou que além do medicamento, outros fatores podem interferir na nutrição dos pacientes, como, por exemplo, a baixa imunidade. “Além do medicamento, tem várias doenças que atingem o paciente. O paciente com retrovirose é aquele tem uma imunidade reduzida e está à mercê de várias doenças”, disse a estudante.

As informações adquiridas no estudo estão sendo incorporadas em relatórios e devem ser apresentadas durante o Congresso do Paic, realizado nos dias 2 e 3 de agosto deste ano, na instituição. Os resultados preliminares apontam que os medicamentos usados no tratamento da doença não interferem na nutrição dos pacientes.

“Conseguimos identificar que muitos pacientes não são subnutridos. Eles têm um grau de desnutrição, mas não são subnutridos por causa do medicamento”, disse a universitária.

Interação com pacientes

A obtenção dos resultados já alcançados no estudo se deu mediante a troca de informações entre o grupo de pesquisa e os pacientes por meio de entrevistas.

“Temos um protocolo no qual perguntamos, entre outras coisas, há quanto tempo o paciente descobriu a doença, onde mora, medicamentos que usa e quais as doenças agregadas ao vírus. A maior parte na nossa pesquisa é baseada no contato com o paciente”, disse a estudante.

Aids no Amazonas

Entre o ano de 1986 e dezembro de 2015, o Amazonas registrou 13.948 casos de Aids, conforme dados disponibilizados pela coordenação estadual de DST/Aids e Hepatites Virais. As cidades de Manaus, Parintins e Tabatinga integram a lista de municípios com maior incidência da doença.

Em 2015, o Estado registrou 1.927 novos casos da doença. Destes, 532 foram contabilizados nos primeiros três meses. Em 2016, as estatísticas apontam uma diminuição no mesmo período. No primeiro trimestre deste ano, foram registrados 377 novos casos de Aids no Amazonas.

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