Alunos da escola municipal Professora Elcy Mesquita Lima, localizada no bairro Redenção, zona Centro-Oeste, elevaram o nome da instituição ao conquistarem duas importantes premiações na Feira de Ciências e Inovações Educacionais (Feciens), promovida pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), entre os dias 15 e 16 de novembro, no Clube do Trabalhador do Amazonas, na zona Leste.
O projeto “A Ciência de Forma Natural: A Construção do Conhecimento Científico a partir das Tradições Manauaras – Um Olhar a partir da Abordagem Steam” integrou o ensino de ciências com saberes tradicionais, destacando-se entre 36 projetos concorrentes e reforçando a valorização da cultura local aliada à inovação científica.
A iniciativa teve início na “12ª Feira Municipal de Ciências”, promovida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), que teve como tema a popularização da ciência. A partir dessa proposta, os estudantes foram incentivados a explorar o uso de plantas e ervas medicinais, conectando o conhecimento científico aos saberes locais, com foco na biodiversidade amazônica.
Após o destaque na etapa escolar, o projeto conquistou o 1º lugar na Exposição de Ciências, Robótica, Educação Ambiental, Tecnologia e Inovação (Expocreati) e avançou para a Feciens, concorrendo na categoria Anos Iniciais, destinada a projetos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. A apresentação do projeto ocorreu nos dias 15 e 16 de novembro, quando a equipe foi premiada com duas importantes conquistas: melhor projeto do 1º ao 5º Ano, escolhido pelos jurados, e o prêmio Sesi Inovação, definido por votação popular.
Durante a apresentação na Feciens, os alunos expuseram soluções criativas, como repelentes naturais e jogos educativos, desenvolvidos a partir das riquezas naturais da região amazônica. A iniciativa não apenas integrou ciência e cultura, mas também fortaleceu os vínculos dos estudantes com suas raízes e identidade regional.
A coordenadora do Centro de Tecnologias Educacionais (CTE), Gabriela Santana, destacou a relevância do projeto. “Iniciativas como essa mostram a importância de conectar o conhecimento científico com as realidades culturais e históricas dos alunos. É uma forma de tornar o aprendizado mais significativo e empoderar as crianças com o conhecimento que já faz parte da vivência delas”, afirmou.
Kemilly Parente, de 11 anos, aluna do 5º ano e uma das participantes do projeto, compartilhou sua alegria pela conquista. “Foi muito emocionante participar de tudo isso. Nós aprendemos sobre as plantas medicinais, fizemos experiências e jogos, e ainda mostramos para as pessoas como a nossa cultura é rica. Ganhar foi uma felicidade imensa para todos nós”, comemorou.
A diretora da escola, Gerilucia Oliveira, ressaltou o impacto da premiação para a comunidade escolar. “Esse projeto não só levou o nome da nossa escola para além dos muros, mas também mostrou o potencial que nossos alunos têm. É gratificante ver o esforço de todos sendo reconhecido e valorizado dessa forma”, declarou.