A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro, revelou nesta quarta-feira (27) que está em tratamento contra um câncer de mama. O diagnóstico foi feito há um mês. Mesmo após cirurgia realizada em 31 de julho, a parlamentar optou por manter em sigilo a situação, retomando sua agenda política dias depois, sem deixar transparecer a luta pessoal que travava nos bastidores.
Na segunda-feira seguinte à cirurgia, Damares já presidia uma audiência da Comissão de Direitos Humanos. Ainda naquela semana, participou de protestos no plenário do Senado, chegando a se acorrentar em ato em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Nesta quarta, ao anunciar a doença durante a instalação da subcomissão do Câncer, na Comissão de Saúde, a senadora emocionou colegas e plateia.
“Há um mês eu fui diagnosticada com câncer. Eu estou num enfrentamento à doença e estou tendo a coragem de fazer esse anúncio público. Eu serei a membro mais legítima desta comissão, porque eu estou enfrentando isso”, disse.
Damares destacou que o diagnóstico precoce foi determinante para seu quadro atual. “Em 18 dias eu consegui fazer a cirurgia e, com cinco dias, eu já estava aqui no Senado trabalhando. Com dor, com um pouquinho de dor, mas trabalhando. Só foi difícil não abraçar os colegas nesse período”, relatou.
Agora, a senadora se prepara para iniciar sessões de radioterapia. Ela admite que o desgaste físico já a obrigou a adiar a leitura de informes da Comissão de Direitos Humanos, que preside, mas garante que continuará atuando no Senado. “Talvez, na próxima semana, eu já comece a audiência lendo os informes. É porque realmente eu já estou no meu limite físico neste momento”, declarou.
Com coragem e firmeza, Damares Alves transformou o drama pessoal em bandeira pública, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do enfrentamento aberto ao câncer de mama.
Mesmo diante de um diagnóstico doloroso e de uma cirurgia recente, Damares Alves não recuou: transformou sua dor em força e sua fragilidade em coragem. Entre sessões de tratamento e limitações físicas, ela seguiu para a guerra no Senado, acorrentando-se em plenário e levantando a voz em defesa de Jair Bolsonaro e de seus aliados.
A senadora, que agora encara o câncer como batalha pessoal, mostra que sua luta vai além da saúde: é também uma trincheira pela liberdade, pela fé e por um projeto político que ela se recusa a abandonar.
