Em balanço de um ano, Susam destaca investimentos em obras, mais leitos e fim das filas

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Em um ano de administração, neste mês de outubro, a atual gestão da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) cita, entre as principais realizações, a organização dos pagamentos para as empresas terceirizadas; economia de R$ 300 milhões com a auditoria e revisão dos contratos, podendo aplicar na melhoria do atendimento; retomada dos repasses para os municípios do interior, que já receberam mais de R$ 62,6 milhões, além de R$ 18 milhões em convênios para recuperação dos hospitais; criação de 359 novos leitos na rede pública; conclusão de obras que estavam paradas; realização de reformas e melhorias em quase todas as unidades da capital, com investimentos de R$ 65 milhões.

O balanço foi apresentado pelo secretário estadual de Saúde, Orestes Guimarães de Melo Filho, que completa um mês no cargo, mas que está desde o início da administração, antes ocupando a secretaria executiva do órgão. Ele anuncia, para os próximos meses, a abertura de mais 367 novos leitos, boa parte deles com a entrega da nova etapa do Hospital e Pronto-Socorro da Zona Norte; a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, na Cidade Nova, já agora em outubro; a retomada dos transplantes de rins em novembro; a reforma de mais unidades na capital; a conclusão da entrega de 110 ambulâncias compradas pelo Governo do Estado – faltam apenas 36 – e da instalação de 306 aparelhos de ar-condicionado, que estão substituindo os antigos, restaurando o sistema de refrigeração das unidades, além da aquisição, já em curso, de mais 200.

 

 

Das 110 ambulâncias compradas pelo Governo, 74 já foram entregues (16 delas para Manaus). Desse total, são 78 para o interior e 32 para a capital (sendo 10 para o Samu Metropolitano). São 72 de Suporte Básico e 38 de Suporte Avançado, equipadas com Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No interior, 45 municípios já receberam ambulâncias.

Em medicamentos e insumos, segundo Orestes de Melo Filho, o atual Governo já investiu R$ 169 milhões. “A capacidade de abastecimento da Central de Medicamentos (Cema) era de apenas 19% da demanda das unidades. O restante estava sendo comprado pelas próprias unidades, sem padronização e controle. Não havia controle do abastecimento, de estoques e de fluxo de pagamentos. Tudo isso foi organizado. A Cema desenvolveu aplicativo para acompanhamento de todos os processos e implantou o Programa Proeme em Casa, para entrega de medicamentos em domicílio, a pacientes acamados”, relatou.

Eliminação das filas – Nesse período de um ano de administração, na sua avaliação, uma importante conquista foi a eliminação das filas que se formavam nas portas das unidades, de madrugada, em busca de fichas para atendimento. “A Susam reformulou e unificou o sistema de marcação de consultas e exames especializados na rede pública, que deu fim a esse tipo de constrangimento”, ressaltou. Agora, o paciente em atendimento em qualquer unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) – seja do Estado, município ou clínicas e laboratórios conveniados – e que precise de consulta ou exame especializados, já faz, ali mesmo, a solicitação online, pelo Sistema de Regulação (Sisreg). Depois, recebe a confirmação por telefone e mensagem de SMS.

Com essa medida, a Susam também reforça, diz ele, o atendimento igualitário, em consonância com o princípio de equidade do SUS. “O sistema processa as solicitações, levando em conta a urgência de cada caso. Isso é possível porque, agora, o médico indica no documento a classificação de risco do paciente. Os casos mais graves têm prioridade”, afirma o secretário.

O novo sistema também está proporcionando a redução do tempo de espera, já registrada, para a realização de vários procedimentos. Dentre eles, o teste ergométrico – de 183 dias para 33; os exames em pneumologia – de 127 dias para apenas 6 dias; tomografia computadorizada – de 12 para 5 dias; eletrocardiograma – de 13 dias para 7 dias; ressonância – de 85 dias para 13; exames em neurologia – de 14 dias para 9; consultas em oftalmologia – de 127 dias para 11; consulta em urologia – de 14 dias para 4.

Na parte de recursos humanos, a Susam já chamou 2.456 aprovados no concurso de 2014. Concedeu 10,85% de reajuste salarial, acordado na Mesa de Negociação do SUS, retomada nesta administração. Retomou, também, o pagamento do auxílio alimentação, suspenso desde 2016, e estendeu-o a todos os servidores. De R$ 220, o valor foi para R$ 420.

Orestes de Melo Filho considera o balanço extremamente positivo. Ele diz que ainda há muito a ser feito, mas que os resultados já são visíveis e se refletem num melhor atendimento nas unidades de saúde.

PRINCIPAIS RESULTADOS

DÍVIDAS E CONTRATOS – A Susam acumulava dívidas na ordem de R$ 311 milhões, com empresas prestadoras de serviços de saúde. A atual gestão negociou e parcelou a dívida herdada. Realizou auditoria em todos os contratos. Todos os processos encontrados sem cobertura contratual (263 serviços) foram formalizados, regularizados.

REDUÇÃO DE CUSTOS – A Susam reduziu custos de contratos onerosos e implantou um novo modelo de contratação para hospitais gerais ou especializados, adotando o pagamento por produção, e não mais por plantão.

A redução dos custos, na ordem de R$ 300 milhões, resultou em mais recursos para investimentos e melhorias dos serviços de saúde. Permitiu, por exemplo, a assinatura de convênios no valor de R$ 18 milhões para reforma e ampliação de hospitais de 11 municípios e a manutenção de outros 114 convênios na capital e interior, que juntos somam mais de R$ 99,1 milhões. Também sobraram recursos para conclusão das obras que estavam paradas, na capital e no interior.

LEITOS – Dos 359 novos leitos abertos nesta administração, 51 são de UTI. Na rede privada, foram abertos 14 leitos de retaguarda no Hospital Beneficente Portuguesa, para atender pacientes com pés diabéticos.

Os 367 novos leitos que serão entregues até o final do ano, são nas seguintes unidades: nova etapa do Hospital e Pronto-Socorro da Zona Norte (216 leitos, sendo 40 de UTI); UPA Zona Norte (20 leitos); SPA do Distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré (12 leitos); HPS Platão Araújo (12 leitos); sala de politraumas do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto (está sendo ampliada de 03 para 10 leitos); Instituto Dona Lindu (36 leitos obstétricos); Hospital e Maternidade Chapot Prevost (20 leitos obstétricos); Maternidade Balbina Mestrinho (4 leitos de UTI neonatal e 6 de Unidade de Cuidados Intermediários – UCI); Maternidade Ana Braga (5 leitos de UTI Materna); e Fundação Cecon (10 novos leitos). Além disso, serão criados mais 19 leitos psiquiátricos – 09 no Hospital Infantil Dr. Fajardo e 10 no HPS Plat&at ild e;o Araújo.

OBRAS – O Governo do Amazonas está investindo R$ 65 milhões em obras, que incluem a retomada das que estavam paradas e reformas em quase todas as unidades da capital. As obras que estavam paradas: Hospital do Careiro Castanho (retomou, concluiu e entregou); UPA Itacoatiara (retomou, concluiu e entregou); UPA Zona Norte (retomou e concluiu a obra; está equipando, para entregar); SPA do Distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré (retomou a obra e está equipando a unidade); e CER IV, na capital (retomou e está concluindo).

Unidades que receberam ou estão recebendo melhorias na capital: Hospital Adriano Jorge (concluiu e entregou um andar inteiro com nove enfermarias e 49 leitos; a UTI e o centro cirúrgico serão reformados); Pronto-Socorro da Criança (PSC) da Zona Sul (reformou a UTI); PSC da Zona Oeste (reformou 02 UTIs); PSC da Zona Leste (reformou o centro cirúrgico); Platão Araújo (ampliou de 02 para 05 leitos, a UTI pediátrica; está recebendo obras de adequação das enfermarias, para ampliar em mais 28 leitos); Alfredo da Matta (concluiu a reforma do complexo de laboratórios); Maternidade Nazira Daou (está sendo revitalizada, após 16 anos sem reforma; já foram concluídas quatro enfermarias, a UTI e a UCI); 12 CAICs e 3 CAIMIs (estão recebendo obras de manutenção predial); Policlínica Gilberto Mestrinho (entrará em reforma); Fundação de Medicina Tropical (a brinquedoteca será reformada; o laboratório de pesquisa passará por reforma; vai receber obras gerais de manutenção predial); Hospital e Maternidade Chapot Prevost (enfermarias serão adequadas para implantar 20 leitos obstétricos); Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto (a sala de politraumas está sendo reforma e ampliada de 03 para 10 leitos e está recebendo obras de manutenção geral); Maternidade Balbina Mestrinho (serão reativados 4 leitos de UTI neonatal e 6 de Unidade de Cuidados Intermediários); Sede da Susam (o auditório foi reformado, ganhou um Centro de Atenção ao Servidor e está reformando vários ambientes).

INTERIOR – Os municípios voltaram a receber os repasses para a saúde. Já receberam R$ 62,6 milhões. Além disso, 09 deles receberam R$ 18 milhões em convênios para reformar e equipar hospitais – Manacapuru, Carauari, Lábrea, Alvarães, Maraã, Itacoatiara, Parintins, Boca do Acre e Maués. A Susam também promoveu a descentralização do recurso para Média e Alta Complexidade, repassando o valor total de R$ 65,2 milhões, para 47 municípios.

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