Dupla envolvida na morte de líder comunitária é presa durante ação conjunta da Polícia Civil do AM

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O caseiro Ronaldo de Paula da Silva, 21, conhecido como “Novo” e o motorista Adson Dias da Silva, 38, o “Pinguelão”, foram presos na manhã de segunda-feira, dia 17, durante uma ação conjunta envolvendo policiais civis que atuam na Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Manacapuru e 31ª DIP de Iranduba, municípios a 68 e 27 quilômetros em linha reta de distância, respectivamente, da capital.

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As diligências contaram ainda com o apoio de integrantes da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM).

As investigações apontam que Ronaldo e Adson participaram do homicídio da líder comunitária Maria das Dores Salvador Priante, ocorrido na noite da última quarta-feira, dia 12. De acordo com o delegado titular da 31ª DIP, Paulo Mavignier, a mulher foi sequestrada de dentro da casa onde morava, na Comunidade Portelinha, em Iranduba.

A vítima, que tinha 53 anos, foi executada com 12 tiros. O corpo dela foi encontrado na manhã de quinta-feira, dia 13, no Ramal Santa Luzia, quilômetro 51 da rodovia Manuel Urbano, em Manacapuru.

A ação que resultou nas prisões dos infratores teve início por volta das 10h, com a prisão de Adson no momento em que ele saía do Fórum Desembargador Mário Verçosa, situado na rua Comendador Alexandre Amorim, bairro Aparecida, zona sul de Manaus. Por volta das 11h, os policiais prenderam Ronaldo em uma residência na rua Benjamin Roberto, bairro São José, em Manacapuru.

As prisões foram realizadas em cumprimento a mandados de prisão preventiva por homicídio qualificado, expedidos ontem, dia 17 de agosto, pelo juiz Aldrin Henrique de Castro Rodrigues, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Manacapuru.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, dia 18, na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, o delegado Antônio Rodrigues, titular da delegacia de Manacapuru, revelou detalhes do caso.

“A motivação do crime seria a disputa pela liderança da Comunidade Portelinha. Segundo testemunhas, há mais de cinco anos Adson, que foi o mandante do crime, tinha uma rixa com a vítima. Juntando tudo isso mais o depoimento preciso e detalhado do caseiro Ronaldo, que trabalhava com ela há mais de três anos, foi possível desvendar o crime”, disse Rodrigues.

Conforme o delegado, duas semanas antes do crime Adson teria encontrado Ronaldo em uma lanchonete. Na época, o homem fez uma proposta ao caseiro. Ele daria a Ronaldo R$ 3 mil e mais uma motocicleta em troca de documentos que estariam na residência da vítima. Ronaldo teria pedido, ainda, que fosse informado sobre o horário que a mulher estaria sozinha em casa para executá-la.

“Adson argumentou que Ronaldo não teria alternativa. Ou ele aceitava o dinheiro ou então ele e a família dele seriam executados. Por conta disso, o caseiro concordou em colaborar com o delito. Ele recebeu R$ 1,5 mil pelo serviço. A princípio sabemos que, além do caseiro e de Adson, mais pessoas estão envolvidas no crime. Dois homens que entraram na casa e levaram a líder comunitária e possivelmente mais duas pessoas que estariam dentro veículo. É uma investigação bastante complexa. No entanto ela segue em ritmo avançado”, pontuou Mavignier.

O delegado geral de Polícia Civil do Amazonas, Orlando Amaral, ressaltou que os policiais civis estão empenhados em elucidar os crimes que acontecem no Estado. “Este trabalho está sendo comandado pela delegacia de Manacapuru e realizado em conjunto com a delegacia de Iranduba e apoio de unidades de Manaus e da Seai. A Polícia Civil vem trabalhando incansavelmente para dar uma resposta à população”, enfatizou Amaral.

Adson e Ronaldo serão conduzidos à Casa de Detenção Desembargador Ataliba David Antônio, em Manacapuru, onde irão ficar à disposição da Justiça.

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