Dia Nacional da Biblioteca reforça importância da Biblioteca centenária do Amazonas

Bibliotecários, estudantes e leitores mantém a história da literatura amazonense viva
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FOTOS: Michael Dantas (Secretaria de Cultura e Economia Criativa) e Divulgação

“A biblioteca parece silenciosa, mas é como tem que ser, pois ela é guardiã da cultura de um povo”, informa Márcio Souza, diretor do departamento de gestão de bibliotecas da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. No dia 9 de abril é comemorado o Dia Nacional da Biblioteca, e uma grande referência de preservação e cuidado é a Biblioteca Pública do Amazonas, na Rua Barroso, esquina com a Avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus.

O secretário de cultura, Marcos Apolo Muniz, ressalta que a biblioteca renova a história amazonense e movimenta o cenário literário do estado.

“A Biblioteca é um marco na nossa história, já passou por um incêndio e se manteve firme. Todo cuidado é encorajado para manter a cultura viva por meio da literatura. Temos um acervo gigante de viagens pelo rio, pela Amazônia, pela nossa história e isso nos mantém ricos de forma literária e cultural. O espaço recebe eventos culturais, trocas de livros e até lançamentos, a biblioteca é um instrumento que mantém a história amazonense viva e atualizada”, disse o secretário.

Para o jornalista, escritor e, agora, diretor do departamento de gestão de bibliotecas, Márcio Souza, a Biblioteca Pública do Amazonas é importante para a memória de grandes nomes da literatura e, também, das vivências de cada época.

“A biblioteca tem uma história mais do que centenária, pois teve um papel super importante na memória literária do estado, preservando a memória de grandes poetas e literatos”, conta. “Além disso, vemos muitos desmontes de bibliotecas acontecerem pelo Brasil e, por isso, temos o comprometimento de preservar essa história e valorizar a história essencial dos bibliotecários, pois sem eles a biblioteca não seria isso. Eles, junto da biblioteca, são essenciais para manter a história viva. Carrega toda a memória do Amazonas e os leitores podem mergulhar nisso a cada parte do prédio”, pontua o diretor.

Márcio Souza informa que o acervo está para além dos livros, tendo um espaço com telas antigas e um prédio preservado no centro histórico de Manaus.

“Temos até uma tela do século XIX sobre a libertação dos escravos. A biblioteca é a memória literária e emocional do povo amazonense, ela é guardiã dos sentimentos e vivências desse povo”, afirma. “Precisamos valorizar o que temos e sei que nosso estado é muito forte, precisamos de um ensino com mais ênfase para a produção literária do estado. A nossa biblioteca tem muita semelhança com a biblioteca nacional e temos tradição de grandes editoras. Não temos livros perdidos ou esgotados, é muito preservado”, ressalta o diretor.

Visitação

A Biblioteca Pública do Amazonas recebe, em média, 12 mil visitantes ao ano e os visitantes podem encontrar no térreo da biblioteca, o balcão de atendimento ao cliente e a famosa escadaria principal em arco aberto em ferro trabalhado, que foi encomendada da cidade de Glasgow, na Escócia. Já no primeiro andar, há dois salões: Genesino Braga e Thalia Phedra Borges dos Santos, com acervo de 32 mil obras raras e amazônicas para consulta.

No segundo andar são 35 mil volumes dos mais variados temas para pesquisa, além de um lugar confortável para ler e estudar. Mais dois salões se encontram neste andar: Salão Lourenço Pessoa, com uma coleção de mais 30 mil jornais, que datam até 1886 e que podem ser consultados e o salão Maria Luiza de Magalhães Cordeiro, onde está a Gibiteca, com uma variedade de quadrinhos infantojuvenis, e o Telecentro, onde o visitante pode usar a internet para estudos.

Segundo Márcio Souza, a participação popular no acesso aos livros é uma tradição e que traz grande retorno para o Amazonas.

“A maior valorização que uma biblioteca pode ter é um número grande de participação do povo na literatura regional. E o Amazonas tem sim uma forte influência literária e uma tradição com as bibliotecas. Antigamente o grande problema era o analfabetismo e hoje temos um nível muito mais alto de pessoas letradas e uma coisa que valorizo é a grande participação da população e empenho no ensino e só podemos valorizar ainda mais isso, porque aqui a literatura tem vida própria e por isso temos uma preservação tão intensa de produções. Quero que isso só melhore, entrelaçando o hábito com estudantes, leitores e que isso amplie por mais cidades do estado”, finaliza Márcio.

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