Urucará, Boa Vista do Ramos, Itacoatiara, Anamã, Urucurituba, Careiro da Várzea, Caapiranga, Anori, Parintins, Barreirinha e Nhamundá decretaram situação de emergência por conta da enchente, e o Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil Estadual, prepara novo pacote de ações humanitárias para minimizar o impacto econômico-social das novas famílias afetadas.
Os decretos de emergência foram fornecidos via Sistema Integrado de Informações sobre o Desastre (S2iD), mecanismo que trabalha na gestão processual de homologação e reconhecimento do desastre. Paralelo a essa ação, o Departamento de resposta ao desastre da Defesa Civil já elaborou um trabalho logístico para o envio da primeira remessa de ajuda humanitária aos novos municípios em emergência.
O secretário de Defesa Civil do Amazonas, coronel Roberto Rocha, destacou o trabalho que a Defesa Civil está realizando em todo o Estado e informou os próximos municípios que vão receber os auxílios. “A Defesa Civil está atuando em varias regiões do Estado. No Baixo Amazonas, os municípios de Parintins e Barreirinha, receberam a primeira etapa de ajuda humanitária do Governo do Estado. O governador José Melo autorizou recursos financeiros da ordem de R$ 500 mil para Parintins. Além disso, as coordenadorias regionais de Proteção e Defesa Civil do Estado têm acompanhado a distribuição de kits de cestas básicas, kits de higiene, água mineral, kit dormitório, colchões e medicamentos em todos os municípios afetados”, comentou Roberto Rocha.
Os próximos municípios a receberem o auxilio financeiro são os municípios de Borba e Pauini. O cadastramento das famílias afetadas e o município de Itacoatiara já foram iniciados para receberem o auxilio. De acordo com o Centro de Monitoramento Ambiental e Hidrometeorológico da Defesa Civil do Estado, as chuvas ainda vão permanecer por mais algumas semanas no Estado.
No Amazonas, mais de 33.358 mil famílias sofrem com os efeitos do desastre natural, o que contabiliza quase 167.863 mil pessoas afetadas pela enchente dos rios. Dois municípios registraram estado de calamidade pública, quando há a evolução do desastre e a interrupção de serviços básicos: Boca do Acre e Humaitá.
Em emergência são 25: Guajará, Ipixuna, Envira, Lábrea, Pauini, Apuí, Canutama, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba, Nova Olinda do Norte, Tapauá, Itamarati, Autazes, Urucará, Boa Vista do Ramos, Itacoatiara, Anamã, Urucurituba, Careiro da Várzea, Caapiranga, Anori, Parintins, Barreirinha e Nhamundá.
O Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil do Estado, já enviou 400 toneladas de alimentos aos municípios afetados, além de kits de ajuda humanitária, compostos por água potável, produtos de higiene, limpeza, medicamentos, colchões, gás de cozinha, barracas de campanha para abrigar as famílias que tiveram suas casas alagadas.
Para atender as necessidades emergenciais e movimentar a economia dos municípios afetados pelo desastre natural, o Governo do Amazonas lançou o programa Amazonas Solidário, que repassou a 9.036 pessoas em Humaitá, Manicoré e Boca do Acre, cheques nominais no valor de R$ 300. O programa beneficiou as famílias que comprovadamente estão sofrendo com os danos causados pela enchente de 2014. Os cadastros dos contemplados foram fornecidos pelas Coordenadorias Municipais de Defesa Civil.
O município de Itacoatiara recebeu nos dias 16 e 17 de maio a primeira remessa dos kits de ajuda humanitária para atender as famílias do afetadas.
Também está disponível para o município de Humaitá uma estação de tratamento de água móvel, um mecanismo cedido pelo Exército Brasileiro para garantir o abastecimento de água potável à população. E em uma parceria com a Marinha do Brasil, a Defesa Civil do Estado distribuiu 250 coletes salva-vidas no município, para prevenir acidentes com vitimas em embarcações.