De acordo com historiadores, a primeira ideia concreta de construção de um Teatro em Manaus surgiu em 1881. quando o deputado Antonio José Fernandes apresenta um projeto de Lei argumentando que “a cidade não dispunha de edifício próprio para representações teatrais, cuja distração é incontestavelmente de utilidade e muito concorre para a civilização da nossa sociedade” e “que a província se acha em condições de satisfazer esta necessidade, que também concorre para o embelezamento da cidade”.
Após o projeto aprovado, em junho de 1881 foi sancionada a Lei que autorizava a construção de um teatro de alvenaria e aquisição do terreno; em maio de 1882 são chamados os concorrentes para apresentação do projeto de arquitetura e orçamento, que na época foi fixado inicialmente em 250 contos de réis.
Em 1884 foi lançada a pedra fundamental do Teatro, no entanto, as obras estiveram paralisadas de 1886 a 1893, e somente foram retomadas pelo governador Eduardo Ribeiro.
Com a obra inacabada o Teatro Amazonas foi finalmente inaugurado em 31 de dezembro de 1896, embora sem estar ainda totalmente concluída a construção e decoração.
A construção do Teatro Amazonas ao final do século XIX, só foi possível graças ao período conhecido na história sócio-econômica brasileira como Ciclo da Borracha. Somente a privilegiada situação econômica da Província do Amazonas, na época propiciada pela exportação da borracha, tornaria possível a implantação na cidade de projetos tão audaciosos, dos quais o Teatro é o exemplo mais expressivo.
Também contribuiu a visão do governador Eduardo Ribeiro, que deu impulso à nova feição urbanística de Manaus.
O Teatro Amazonas, desde a sua inauguração em 1896, viu apresentar-se no seu palco todo tipo de espetáculo: óperas, operetas, musicais, peças de teatro, shows de cantores líricos e populares, festivais, grupos de dança, bandas de música, corais, orquestras e tantos outros.
Mas além de casa de espetáculos, ele é um lugar de referências fundamentais para a cidade. Nele a função teatro anda de braços dados com a função de lugar de memória, de patrimônio cultural e de museu.
A rigor todo o Teatro Amazonas é um museu. Sendo este um espaço especial reservado á memória da cidade de Manaus
Seu percurso se dá ao longo do próprio Teatro e das salas do primeiro e terceiro pavimentos, onde a história, contada por meio do Museu, integra-se e é completada pela presença física e monumental do Teatro.
O Museu do Teatro Amazonas possui um valioso acervo de objetos que evocam as diversas fases da sua história, desde a sua construção aos dias atuais. Parte dele pode ser visto ao longo do percurso de visitação, outra parte encontra-se em Reserva Técnica e destina-se a estudos e eventuais mostras temporárias.
A variedade de artistas também é grande, abrangendo desde os locais, aos internacionais, já tendo passado pelos palcos do Teatro artistas consagrados em início de carreira, como o compositor Heitor Villa-Lobos, que apresentou-se em 1911, ou no final, como a bailarina Margot Fonteyn.
Citamos também a apresentação do tenor José Carreras, em 1996, nas comemorações do centenário do Teatro. Curiosamente, o tenor Luciano Pavarotti cantou no palco do Teatro Amazonas, mas apenas para aqueles que o acompanhavam em uma visita turística ao Amazonas. Ele queria experimentar a acústica.
Desde 1997 o Teatro Amazonas voltou a apresentar grandes espetáculos, destacando-se o Festival Amazonas de Ópera. Além dele, vários outros foram produzidos ao longo da primeira década do novo milênio e o Teatro é palco privilegiado dessas manifestações: Festival Amazonas de Jazz, Festival Amazonas de Dança, Festival Amazonas de Música, Festival de Teatro da Amazônia e o Amazonas Film Festival.
O Teatro Amazonas sempre deu destaque para as produções locais, entre as quais aquelas programadas pela Secretaria de Cultura do Estado como a Série Guaraná, com apresentações da Orquestra Amazonas Filarmônica e Segundas no Palco, com artistas locais, onde o diferencial era o público e o artista acomodados no palco, em uma nova perspectiva para ambos.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Visitas de segunda a sábado, das 9h às 17h.
ENDEREÇO E CONTATO
Av. Eduardo Ribeiro, 659 Centro, CEP: 69.010-001.
Telefones: (92) 3622-1880 / 3622-2420
Email: teatroamazonas@culturamazonas.am.gov.br
Com informação da Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas.