Após depoimentos dos moradores do entorno do igarapé localizado na comunidade Parque Rio Solimões, zona Oeste de Manaus, a Comissão de Vigilância Permanente da Amazônia e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Manaus (COMVIPAMA/CMM), acionará, na próxima semana, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para fiscalização das denúncias de poluição do igarapé, após a construção do conjunto habitacional Jardim Paradiso, composto pelos condomínios Girassol, Alamanda, Alpínia e Antúrio.

A decisão foi tomada durante reunião da Comvipama, na manhã desta quinta-feira (29), presidida pelo vereador Everaldo Farias (PV), com os representantes dos condomínios, dos órgãos ambientais e moradores dos arredores do conjunto habitacional.
“A comissão tomou conhecimento de todos os problemas e denúncias pelos moradores, inclusive pelos os síndicos que confirmam todos os problemas. Nós vamos acionar, a partir de terça-feira (3), os órgãos para que eles façam uma fiscalização intensa na área. Vamos acionar a Manaus Ambiental, que liberou os projetos das estações de tratamento de esgoto e a construtora. E, ainda, vamos juntar elementos, para, posteriormente, acionar o Ministério Público, a fim de que possa ter conhecimento e tomar as medidas previstas na Legislação”, explicou Everaldo Farias.
Denúncias
Na reunião, moradores da rua Projetada, que fica nas proximidades dos condomínios, afirmaram que os maiores problemas são os odores, pragas e doenças provenientes da estação de esgoto dos condomínios que deságuam no igarapé. “Outro problema que tivemos, por conta da construção dos condomínios, é o fato que, por conta das tubulações deles, que passam na área, não é possível a fazer a rede de esgoto da nossa rua. Tanto que o esgoto de muitos moradores de lá, também deságua no igarapé”, denunciou Thalles Modesto.
Já o advogado dos condomínios Alpínia e Antúrio, Roberto Marques, confirmou a existência – devido a uma falha estrutural da construtora Capital Rossi – de um córrego a céu aberto que passa por trás do condomínio Alpínia, proveniente da estação de tratamento do lugar. “Nós já temos ações, inclusive, contra a construtora para resolver essa serie de erros estruturais, que, na minha visão, a construtora poderia resolver sem problemas”, ressaltou.
Representantes da construtora Capital Rossi, dos órgãos responsáveis pelo licenciamento sanitário dos condomínios, da Manaus Ambiental e do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), que foram convidados, não compareceram à reunião. Diante da falta de respostas aos vários questionamentos que surgiram na reunião, Everaldo Farias afirmou que buscará apoio do presidente da Comissão de Defesa do Consumidor (COMDEC/CMM), vereador Álvaro Campelo (PP) e do presidente da CMM, vereador Wilker Barreto (PHS), para convocar, de forma mais enérgica, as entidades para comparecerem na próxima reunião, a ser agendada.