Com menos de 1 jogo/mês, Arena da Amazônia dá prejuízo de R$ 1,4 milhões

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Foto: Edson Piola/PortaldoAmazonas.com
Foto: Edson Piola/PortaldoAmazonas.com

A Arena da Amazônia, estádio erguido pelo Governo do Estado do Amazonas por, no mínimo, R$ 757 milhões, recebeu quatro jogos após a última partida da Copa do Mundo disputada em Manaus, ente Suíça e Honduras, no dia 26 de junho. Assim, o equipamento fecha o período de 2014 pós-Copa com uma média de 0,7 jogo por mês, a pior média entre as 12 arenas construídas ou reformadas para receber os jogos do Mundial.

Os jogos ocorridos no estádio foram todos entre os meses de setembro de novembro, nenhum deles envolvendo um time do Estado do Amazonas: Vasco da Gama e Oeste, Botafogo (RJ) e Corinthians, Botafogo e Flamengo e Flamengo e Vitória (BA). A arena tem capacidade para 42.300 pessoas, e o maior público até agora depois da Copa foi de 39.561 pagantes (Botafogo e Flamengo).

De acordo com a fundação estadual responsável pela administração do estádio, o valor arrecadado nas bilheterias do estádio de julho para cá, com as quatro partidas realizadas, foi de R$ 8.237.835.

Por força de uma lei estadual, 10% da renda bruta dos jogos realizados na Arena Amazônia deve ficar nos cofres amazonenses. Isso significa que, em seis meses, o Estado do Amazonas recebeu R$ 823 mil em virtude dos jogos realizados na nova arena, ou uma média de R$ 137,3 mil por mês.

O valor representa 27,45% do custo de manutenção mensal da Arena Amazônia, de acordo com o que informa a UGP (Unidade Gestora do Projeto Copa – órgão estadual que construiu e calculou os custos de manutenção do estádio),que calcula que a arena custe R$ 500 mil mensais aos cofres públicos. Isso quer dizer que, até agora, o futebol não cobriu sequer um terço dos custos que tem o Estado do Amazonas com sua arena “padrão Fifa”.

Outra fonte de renda do estádio são espetáculos musicais e religiosos ocorridos por lá. Segundo a fundação estadual que administra o equipamento, foram cinco os eventos deste tipo ocorridos da Copa do Mundo até hoje, entre eles um show da cantora Ivete Sangalo e o festival de música gospel “Louvarei 2014”.

De acordo com o governo estadual, o aluguel cobrado para o uso da arena nesses eventos variou de R$ 40 mil a R$ 160 mil.  Assim, caso todas essas atrações tivessem gerado o valor máximo previsto de receita para o estádio (R$ 160 mil cada), o prejuízo com o estádio teria sido minorado em R$ 800 mil.

Ou seja, o estádio teria tido uma receita de R$ 1.623.000 da Copa até aqui, contra um custo de manutenção de R$ 3 milhões. Assim, a operação do estádio teria gerado um prejuízo mínimo de R$ 1,377 milhão ao Estado do fim da Copa do mundo até hoje.

Mas, essa conta – ao que tudo indica – é ainda ainda mais negativa para os cofres estaduais. O problema é que tais eventos musicais geraram um aumento de custo de manutenção, pois danificaram o gramado da arena.

Por causa disso, no início do mês passado, o governo estadual anunciou a publicação de uma norma que proíbe a montagem de palcos para shows e da presença de público no campo, o que reduzirá, no ano que vem, a receita com eventos não-esportivos.

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