Coligação de Amazonino fez representação ao TRE contra Wilson Lima por suposta compra de votos

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Advogados da coligação “Eu voto no Amazonas”, do candidato Amazonino Mendes (PDT), entregaram, neste sábado (20/10), ao presidente João Simões, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), a notícia-crime envolvendo a prisão de Diellison Wendel Alves Pinheiro, “o Didi”, acusado de comandar o tráfico de drogas em Codajás. Ele foi preso na sexta-feira (19/10) com a quantia de R$ 17 mil em espécie e duas armas. Em depoimento aos policiais, Diellison disse que parte do dinheiro seria utilizada para comprar votos em favor de Wilson Lima, candidato ao Governo do Estado.

Conforme informações da polícia, “Didi”, – que estava sendo investigado há quatro meses pelos crimes de tráfico de drogas e de pirataria, – ao ser questionado sobre a origem do dinheiro ressaltou que um homem identificado apenas como “Paulo”, suposto intermediário do candidato Wilson Lima, teria lhe oferecido a quantia de R$ 12 mil para a compra de votos, sendo que cada voto custaria R$ 50, segundo “Didi”.

O suspeito disse aos policiais que o encontro teria ocorrido na semana passada no Hotel Tucunaré, em Codajás. Aos policiais, “Didi” disse ainda que iria receber a quantia de R$ 5 mil pelo suposto “serviço” de compra de votos. Questionado sobre quem era “Paulo, o suspeito salientou apenas que o homem era de Manaus, não sabendo informar o nome completo e que era apenas de cor “morena” e aparentemente forte. Uma testemunha teria presenciado o encontro, mas não teria participado da conversa, conforme declarou o suspeito em depoimento.

Conforme o advogado da coligação “Eu Voto no Amazonas”, Daniel Nogueira, agora, a coligação vai acompanhar a investigação, paralelamente junto à Polícia Federal. Marco Aurélio Choy, que também é advogado de Amazonino Mendes, salientou que o objetivo da coligação se dá para evitar possíveis interferências de organizações criminosas no pleito eleitoral. “É importante destacar que motivar o tribunal a instar a Polícia Federal, pois temos o histórico de interferências de organizações criminosas no processo eleitoral do estado. O papel da Justiça Eleitoral, do MPF, da PF, é muito importante para impedir o avanço as participações de organizações criminosas, respeitando a liberdade do voto, do direito do voto livre do cidadão”, finalizou.

O outro advogado da coligação, Yuri Dantas, destacou que o caso já é de conhecimento do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal e dos demais órgãos. “Ontem mesmo, o presidente do TRE já tinha tomado conhecimento dessa situação, encaminhada pelas forças de segurança do estado, e determinou o imediato encaminhado ao MPF”, frisou.

A prisão de “Didi” é fruta da operação “Navalha”, deflagrada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). Além do suspeito, foi presa em flagrante a delegada do município, Alessandra Braga, e apreendidos os R$ 17 mil, duas armas, 2 motocicletas, uma picape e celulares.

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