Câmara presta solidariedade aos familiares do psiquiatra Rogélio Casado

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Em solidariedade aos familiares do  psiquiatra Rogélio Casado Marinho Filho, falecido na terça-feira (17), e em reconhecimento ao médico pelo pioneirismo e militância na defesa na saúde mental no Amazonas na colaboração à luta antimanicomial no Amazonas e no Brasil, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) realizou, nesta quarta-feira (18), um minuto de silêncio e aprovou duas Moções de Pesar no plenário Adriano Jorge da Casa Legislativa.

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As moções nº 217/16 e 219, respectivamente dos vereadores Waldemir José (PT) e Isaac Tayah (PSDC), tiveram total apoio dos vereadores que lamentaram a morte do ativista e ressaltaram a luta em favor da justiça social e dos direitos humanos, uma  das principais bandeiras de Rogélio, que morreu em Manaus, aos 63 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória, depois de ficar 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva da Unimed Manaus.

Waldemir José destacou que o que se quer é chamar atenção com a Moção é ressaltar a vida e a história de luta do médico. “Rogélio aproveitou a oportunidade de divulgar a melhor forma de tratamento psiquiátrico. Casado também esteve à frente de vários movimentos para a contribuição de outras causas humanitárias em Manaus”, observou o petista.

“Rogélio Casado foi um defensor incansável das pessoas com deficiência mental e dependentes químicos”, observou a vereadora Socorro Sampaio (PP). “Ele estava sempre presente nas questões que envolvem os direitos humanos”, completou o vereador Mário Frota (PSDB).

Por sua vez, o vereador Elias Emanuel destacou o compromisso do psiquiatra, principalmente na defesa da causa da humanização no tratamento das pessoas com distúrbios mentais. “Portanto tenho convicção que este profissional marcou época e lamentavelmente tão cedo desaparece do nosso cenário”, lamentou Elias Emanuel.

Trajetória

Rogélio Casado foi um dos principais nomes da luta antimanicomial no Brasil. Ele era membro da Associação Chico Inácio, filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial. Chegou a fazer greve de fome por seis dias em defesa da reforma psiquiátrica, coordenou a Saúde Mental do Amazonas de 2003 a 2007, esteve à frente de três CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), teve uma residência médica em psiquiatria, participou de duas paradas do ‘Orgulho Louco’, idealizou um projeto de censo psiquiátrico e uma Lei de Saúde Mental.

Na área cultural também fez grandes contribuições, tendo registrado o cotidiano por meio da fotografia, atuado como documentarista e contribuído para a fundação da Banda Independente Confraria do Armando (Bica).

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