Nesta quinta-feira, (12) em live semanal pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro respondeu a Edson Fachin afirmando que “ninguém” quer “atacar as urnas eletrônicas” ou a “democracia”, ele afirmou que enquanto a portaria estiver em vigor, as Forças Armadas foram convidadas, e como chefe supremo das Forças Armadas ele determinou que prossigam nessa missão.
Mais cedo, Fachin fez seu discurso durante evento de testes de urnas eletrônicas no prédio do afirmando que: “Nada e nem ninguém vai interferir na Justiça Eleitoral”. Esse processo eleitoral brasileiro é totalmente seguro.“No Brasil de hoje, quem põe em dúvida o processo eleitoral é porque não confia na democracia”,disse o presidente do TSE.
Bolsonaro afirmou que não existe interferência, que ninguém quer impôr nada, que eles não estão atacando as urnas eletrônicas, e a democracia, e que não estão praticando atos antidemocráticos.
Então, prezado ministro Fachin, a gente não entende essa maneira do senhor se referir às Forças Armadas, que foram convidadas a participar do processo eleitoral…as Forças Armadas não estão se metendo nas eleições. Elas foram convidadas por uma portaria do então presidente (do TSE), Luís Roberto Barroso.”disse o presidente.
Em tom firme, o ministro Edson Fachin disse que quem vai ganhar as eleições no Brasil é a democracia e que as eleições dizem respeito à população civil que, de maneira livre e consciente, escolhe seus representantes. “ Diálogo sim, colaboração sim, mas na Justiça Eleitoral, quem dá a palavra final é a Justiça Eleitoral…quem trata de eleições são forças desarmadas”, declarou.
Em tom sereno, Jair Bolsonaro disse que não sabe de onde Fachin está tirando esse fantasma que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral. “Pelo amor de Deus! A transparência das eleições, eleições limpas, transparente, é questão de segurança nacional”, afirmou Bolsonaro
Fachin foi questionado se a declaração era um recado a Bolsonaro, Edson Fachin negou e subiu o tom. “Não mando e não recebo recado de ninguém’’ ele reiterou que: “ os fatos falam por si só. Quem defende ou incita intervenção militar está praticando um ato de afronta à Constituição e afronta a democracia. Portanto, não se trata de um recado, é uma constatação fática. Nós temos o devido respeito ao chefe de estado, eleito pelo voto popular e jamais nos furtaremos a qualquer diálogo com o chefe de estado e com quem queira dialogar conosco”. frisou Fachin
Em live o presidente Jair Bolsonaro disse que a declaração do ministro foi “descortês”, com as forças armadas:“Mas, por favor, não se refira dessa forma, porque sou capitão do Exército e me coloco como militar. É uma forma bastante descortês de tratar uma instituição que presta, em várias áreas, excelentes serviços em várias áreas, excelentes serviços ao Brasil”. declarou
Jair Bolsonaro finalizou dizendo que: “Ninguém quer ter dúvidas quando acaba eleição, se aquele candidato ganhou mesmo ou não, né? Ou se o que perdeu perdeu, ou não. As Forças Armadas vão continuar fazendo seu trabalho a não ser que o ministro revogue a portaria que criou a CTE.