Uma noite de alegria se transformou em pesadelo na comunidade do São Jorge, em Engenheiro Pedreira, distrito de Japeri (RJ). Uma bebê de apenas 1 ano e 7 meses foi baleada na cabeça na noite desta terça-feira (18/11), por volta das 22h30, quando traficantes abriram fogo contra o carro onde ela estava com os pais e a irmã.
A família voltava de uma pizzaria em Queimados, onde comemorava o aniversário de um parente. Ao chegar à comunidade, o pai da criança seguiu o protocolo de segurança conhecido pelos moradores faróis baixos e pisca-alerta ligado para evitar confusões com criminosos armados. Mesmo assim, um carro se aproximou e os ocupantes dispararam diversas vezes.
Um dos tiros atingiu a cabeça da bebê. O desespero foi imediato. Moradores correram para socorrer a criança e gritaram para os atiradores pararem. Ao perceberem que as vítimas eram da própria comunidade, os criminosos cessaram o fogo.
Segundo relato de uma familiar à Polícia Militar, o ataque foi cometido por traficantes do Comando Vermelho, que controlam a região. O pai da bebê percebeu os disparos no exato momento em que entrava na rua onde mora um ataque sem aviso, sem motivo, e com consequências devastadoras.
A bebê foi levada às pressas para a Policlínica de Japeri, mas, devido à gravidade do ferimento, foi transferida ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias. Lá, passou por uma cirurgia de emergência para retirada do projétil.
De acordo com a Prefeitura de Duque de Caxias, a menina chegou ao hospital à 1h44 da madrugada desta quarta (19/11), com uma fratura na cabeça, mas sem perfuração cerebral. A equipe médica confirmou que a cirurgia ocorreu sem intercorrências.
Em nota, o hospital informou que a bebê está acordada, respirando sem aparelhos e em estado estável um sinal de esperança em meio à brutalidade que domina o cotidiano da Baixada Fluminense.
Enquanto familiares se agarram à fé e à força da menina, moradores do São Jorge vivem o medo e a revolta. Mais uma vez, a violência armada que assola as comunidades do Rio atinge quem menos tem culpa: uma criança inocente.






































































