Autazes a “Terra do leite” no Amazonas

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Autazes é um município brasileiro da Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas.

Ocupa uma área de 7 599,282 km²[2] e sua população, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2016, era de 37 752 habitantes,[3]sendo assim o décimo-sexto município mais populoso do estado do Amazonas e o quinto de sua microrregião. Autazes sedia a maior festa bovina da Amazônia Ocidental, a Festa do Leite.

História

Compreende-se por Autazes ?toda a gleba que forma o grande delta dos Autazes?, situado entre o Madeira, Amazonas, Solimões e Baixo Purus. Essa região já era conhecida nos meados do século XVIII, habitavam-na então os índios Muras, famosos por sua ferocidade.
O Madeira, rio de tão longo curso, e que também banha Autazes começou a ser explorado, poucos anos após a expedição de Pedro Texeira que se realizou em 1637, por coletores de cacau (nativo na região) e demais produtos naturais.
Quando na sedição dos cabanos, iniciada em Cametá, na Província do Grão-Pará e que depois se estendeu a todo território dessa unidade do Império; desenrolaram-se, nos Autazes vários combates entre as forças legalistas e os rebeldes, entre os anos de 1836 e 1839.
Nos últimos meses de 1835 os cabanos estavam próximos às fronteiras da Comarca do Alto Amazonas, em Icuipiranga, perto do Tapajós. Em 06.03.1836, desembarcaram em Manaus, tomando posse do governo da
comarca exercendo o mesmo durante 8 meses. Em 06.08.1836, houve reação em vários pontos da Comarca. Primeiro em Tefé e, ainda no mesmo ano em Mariuá.
Em fins de fevereiro ou principio de março de 1837, os legalistas investem sobre o reduto dos rebeldes travando vários combates entre as forças, com o agravamento dos combates no mesmo ano. Durante os anos de 1838 e 1839, ocorreu a predominância de cabanos em Autazes e outros
pontos da comarca. Só com a decretação da anistia ampla poder-se-á por fim à rendição. Esta anistia foi decretada a 04.11.1839 aos cabanos com a deposição de armas.
O Decreto-Lei nº 176 de 01.12.1938 ratifica a organização territorial administrativa do Estado definidas em outros instrumentos legais anteriores, que criaram 28 municípios entre eles o município de Itacoatiara, com os distritos de Itacoatiara e Ambrósio Ayres, em homenagem
àquele que se empenhou com tanta bravura e onde finalmente perdeu a vida em defesa da Lei e da ordem.
O nome de Autazes, dado à região há muitos anos e estendido agora no Município recém-criado, provem dos rios Autaz-Açu e Autaz-Mirim que irrigam o seu território.

Gentílico: autazense

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Ambrósio Aires, pela lei estadual nº 176, de 01-12-1938, subordinado ao município de Itacoatiara.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Ambrósio Aires figura no município de Itacoatiara.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado à categoria de município com a denominação de Ambrósio Aires, pela lei estadual nº 96, de 19-12-1955, desmembrado dos municípios de Itacoatiara e Borba. Sede no
atual distrito de Ambrósio Aires (ex-Autazes). Constituído de 2 distritos: Ambrósio Aires e Murutinga, ambos desmembrados do Município de Itacoatiara. Instalado em 03-03-1956.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Ambrósio Aires e Murutinga.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2010.

Fonte

IBGE

Agropecuária

A produção agropecuária baseia-se na criação de gado leiteiro, o que valeu a Autazes o título de cidade do leite e do queijo. Também há uma grande produção de queijo coalho, queijo manteiga e leite, bem como o cultivo de mandioca (farinha), cupuaçu, guaraná, laranja, feijão e milho.

 

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