Em uma virada explosiva no cenário político nacional, a oposição ao governo e ao Supremo Tribunal Federal (STF) conseguiu reunir as 41 assinaturas necessárias para protocolar no Senado um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. A medida surge logo após a controversa decisão do magistrado que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aprofundando a já tensa crise institucional entre os poderes.
O 41º apoio veio do senador Laércio Oliveira (PP-SE), que assinou o documento nesta quinta-feira, 7 de agosto. Com isso, líderes da oposição anunciaram o fim da obstrução dos trabalhos legislativos e da ocupação da Mesa Diretora, sinalizando uma nova fase da ofensiva política: pressionar diretamente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que dê andamento ao processo.
“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, para aquém das questões ideológicas”, afirmou o líder oposicionista senador Rogério Marinho (PL-RN).
A decisão de abrir ou não o processo de impeachment agora está nas mãos de Alcolumbre, que deve se tornar o epicentro das disputas políticas nas próximas semanas. Moraes, figura central em decisões que marcaram os últimos anos da política brasileira, volta a ser alvo de severas críticas de parlamentares bolsonaristas, que o acusam de extrapolar seus poderes e perseguir opositores.
A iniciativa promete acirrar ainda mais os embates entre o Legislativo e o Judiciário, com possíveis repercussões internacionais sobre a estabilidade democrática do país.
