As discussões em torno de uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os aumentos sucessivos da gasolina em Manaus foi um dos temas debatidos na Sessão Plenária da Câmara Municipal de Manaus, nesta terça-feira (5).
O presidente da CMM, vereador Wilker Barreto (PHS), propôs que a Câmara esgote, primeiramente, todas as fases dos diálogos e, após cumprimento das etapas, a Casa Legislativa poderá usar das prerrogativas.
“Vamos chamar os representantes dos segmentos para discutir junto às comissões competentes e ouvir explicações. Na recusa ou na negativa, iremos tomar as devidas medidas drásticas, da mesma forma que peço à Comissão de Defesa do Consumidor, mais uma rodada de conversa com os representantes dos estacionamentos de shoppings, hospitais, já utilizando o termo de parceria com o Ministério Publico”, disse o presidente.
As discussões em trono da CPI vieram à tona, quando o vereador Mário Frota (PSDB) disse que vai apresentar, na próxima semana, um requerimento solicitando a CPI para investigar o porquê dos aumentos sucessivos da gasolina em Manaus, levando em conta que há uma refinaria de petróleo na capital, e o gasto com transporte é zero.
Com base em pesquisas sobre o preço da gasolina nos Estados de Roraima (RO), Amapá (AP) e São Paulo (SP), e até em municípios do Amazonas, como Itacoatiara, os quais têm gastos com transporte, o parlamentar observou que Manaus, mesmo sem gastar com o transporte do combustível, o consumidor amazonense paga mais caro pela gasolina, do que os demais postos das capitais fiscalizadas por ele.
Segundo informações de Mário Frota, em sua viagem a São Paulo, durante fiscalizações em 20 postos de gasolina, constatou preços variados em diferentes pontos de venda. “Na periferia da capital o preço da gasolina é de R$ 2,86, já em bairros nobres o valor sobe para R$ 3,30. Por tanto, Manaus tem a gasolina mais cara do Brasil em termos proporcionais”, disse.