Alimentação saudável para crianças é tema de oficina em Manaus

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Ouvir mães e pessoas envolvidas com questões da área materno-infantil a respeito do conteúdo e aplicabilidade do “Guia Alimentar para Crianças Menores de Dois Anos”, produzido pelo Ministério da Saúde (MS), e também sobre práticas alimentares, alimentação saudável, influência da propaganda nas escolhas alimentares, além de mobilizar este público em prol da regulamentação da publicidade de alimentos. Esses foram os objetivos da oficina realizada na terça-feira, 22, no Espaço Saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS) Nilton Lins, zona Centro-Sul.

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O encontro, realizado pelo MS com apoio da Rede Internacional de Defesa do Direito de Amamentar (Ibfan) e parceria da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), reuniu representantes de diferentes grupos como Aconchegar, Bebê Ativo, Espaço Conviver, Nutrizes e Roda de Mães Baré. “Uma outra oficina, ocorrida na tarde de segunda-feira (21), foi voltada para a escuta de mães e familiares de crianças acompanhadas em ambulatório de puericultura e crescimento, de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e creche, com bebês de seis meses a dois anos”, enfatizou o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto.

Segundo informações da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do MS, em 2015 foi iniciado o processo de revisão do guia. Uma das etapas desse processo foram as oficinas de escuta com profissionais e pesquisadores das áreas do aleitamento materno, da alimentação complementar saudável e da segurança alimentar e nutricional. Um dos resultados desses encontros foi a necessidade de ouvir mães e cuidadores.

Foram definidas, então, cinco oficinas, uma em cada região do Brasil – sendo esta, na capital amazonense, a última – para um levantamento sobre o que os pais e cuidadores esperam de um material que orienta a alimentação complementar saudável.

O guia atual é ainda de 2002. Nesse período de quase 14 anos, junto com mudanças sociais, econômicas, nutricionais e epidemiológicas veio a necessidade de atualizar as informações.

Introdução alimentar saudável

Sobre a introdução alimentar saudável, uma das facilitadoras da oficina e membro da Ibfan Brasil, Rosana Divitis, destacou algumas boas práticas. “O ideal é que o bebê comece a comer, após o sexto mês, o equivalente a três colheres de sopa, quantidade que deve ser aumentada gradativamente. A sopa deve ser sempre amassada, nunca batida em um liquidificador, nem passada na peneira, porque é preciso que a criança exercite a musculatura, a mastigação”, recomendou.

A facilitadora do Ibfan disse, ainda que o ideal é preparar um prato colorido, com um alimentos de cada grupo alimentar como, por exemplo, proteína, carboidrato, fruta, verduras e legumes. De acordo com ela, a carne pode ser oferecida a partir do sexto mês, incluindo frango, fígado, moela e também o ovo inteiro, desde que não haja histórico de alergia na família.

Regional x fast-food

Segundo Rosana Divitis, também, os alimentos amazônicos devem ser melhor aproveitados. “A alimentação desta região é muito diversificada. A mandioca, por exemplo, tem em vitamina A e outros nutrientes que são muito importantes”, lembrou.

Por outro lado, existe o perigo dos alimentos prontos e é preciso saber a quantidade de açúcar e sal embutidos em cada produto. “É muito alta a concentração desses ingredientes e gorduras. Isso, em longo prazo, vai resultando em doenças cardiovasculares, diabetes entre outras”, lamentou a facilitadora, enfatizando que a boa saúde começa pela alimentação.

 

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