A denúncia de acusação de corrupção na campanha do Capitão Alberto Neto e Maria do Carmo, com a prática de caixa 2 ganhou o noticiário nacional. Jornal O Globo, Folha de S.Paulo, portal Metrópoles e CNN repercutem o caso, com forte potencial de levar à cassação da chapa que disputa a Prefeitura de Manaus.
O mais recente desdobramento do caso é o pedido de expulsão de Maria do Carmo, dona das Faculdades Fametro, feito por filiados do partido Novo, do qual a empresária pertence, conforme destaca a CNN na programação do canal nesta quinta-feira (24/10).
O esquema
O escândalo veio a público nesta semana, com a divulgação de mensagens de whatsapp e áudio de reunião de líderes comunitários e cabos eleitorais com Maria do Carmo, em que eles cobram da empresária, pagamentos atrasados das equipes de rua na véspera da eleição de 1º turno.
O farto material que comprova o crime eleitoral foi entregue à Polícia Federal e ao Ministério Público Eleitoral, instituições que já investigam o caso. O esquema foi denunciado pelo próprio coordenador de campanha contratado por Maria do Carmo em abril, o professor e servidor público estadual Ronaldo Fernandes da Silva, por não ter recebido tudo que Maria do Carmo havia acertado com ele, inclusive apoio à candidatura a vereador.
Provas
Em mensagens de whatsapp e cópias de extratos bancários comprovam os pagamentos ao coordenador e de cabos eleitorais via pix, sem declaração à Justiça eleitoral, com uso inclusive de contas correntes de outras empresas de Maria do Carmo.
Em um dos trechos do áudio da reunião com os apoiadores insatisfeitos, Maria do Carmo diz: “Todo mundo aqui (na campanha) tava regular com o pagamento, quem era por dentro, quem era por fora (caixa 2)”… São quase R$ 1 milhão para uma pessoa (o coordenador Ronaldo)”. Ao final da reunião, que ocorreu logo após a eleição do primeiro turno, Maria do Carmo pagou mais R$ 140 mil em espécie ao grupo, uma forma de tentar evitar que o esquema fosse revelado.