A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) lançou no Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Dr. José Contente, na zona leste de Manaus, um grupo de ajuda mútua às famílias de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidas na unidade. O grupo é formado por mães e responsáveis e tem como objetivo orientar e acolher os familiares que possuem crianças com o TEA ou que estão em busca do diagnóstico.
O grupo surgiu após a direção e servidores do centro notarem o crescente número de pacientes com autismo que realizam acompanhamento na unidade e a procura pelo diagnóstico do transtorno. De acordo com a diretora do Caic, Helione Pontes, a experiência dos profissionais, que também possuem crianças com TEA, ajudou a avançar com essa iniciativa.
A técnica de enfermagem do Caic, Joyce Queiroz é mãe de um menino de 10 anos com autismo. Ela relatou que no início dos primeiros sinais e do diagnóstico do TEA não teve o suporte de um grupo de ajuda e precisou buscar sozinha informações. A partir dessa experiência ela ajudou a criar essa rede de apoio na unidade.
O primeiro encontro do grupo de ajuda mútua ocorreu na terça-feira (05/04). Os próximos serão realizados a cada 15 dias, na unidade, e abordarão os temas: diagnóstico x processo de negação; emoções vividas; conscientização social; papel fundamental da escola; direito e cidadania; desafios diários com trocas a partir do relato das mães compreendendo que elas não estão sozinhas.
“(O grupo) vai acontecer a cada 15 dias aqui mesmo. Nós temos estagiários de psicologia, trabalhadores que têm pessoas com autismo em casa e que vão somar. Nós temos Caic+ que vão ser também um ponto de apoio. A gente só tem a agradecer a oportunidade e ter o privilégio de fazer o primeiro grupo de ajuda mútua dentro de uma unidade de saúde do estado, no sentido de acolher as mães de autistas”, reforçou a diretora do Caic Dr. José Contente.
O atendimento inicial na rede pública de saúde deve ser iniciado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de responsabilidade das prefeituras. Após a primeira avaliação médica, o paciente será encaminhado, via Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), para as especialidades essenciais para o diagnóstico do TEA. A criança com autismo precisa de acompanhamento por equipe multidisciplinar, respeitando as necessidades e singularidades de cada paciente.
É o mês da conscientização mundial sobre o autismo. O mês foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, para lembrar a data e chamar a atenção da sociedade para o TEA.
No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e de maior equilíbrio para as pessoas. Nesse caso, o azul auxilia em situações em que a criança, por exemplo, apresenta uma sobrecarga sensorial, algo que precisa ser superado com sabedoria para o bem-estar do pequeno.