O título em destaque são palavras do Papa Francisco, sobre dar de comer e beber a quem tem fome. Sem comida não há vida, diante do drama da fome, precisamos urgente cuidar de quem tem fome. O pão que para muitas pessoas sobra é o pão que pode alimentar o faminto, a roupa que você guarda mofando ou joga no lixo, é roupa de quem está nu. É vergonhoso, mas ainda vivemos em um país com profundas desigualdades sociais, e que regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990, novamente estamos à fome está de volta.
É sabido que há milhares de pessoas sem ter o alimento, crianças choram de fome até adormecerem, sem previsão de comer no dia seguinte, a palavra de Deus sustenta o espírito, mas é o pão que alimenta e nutre a alma do pobre deplorável, a misericórdia tem compaixão diante da miséria através da solidariedade com o próximo, não podemos fechar os olhos, ignorar essa assustadora realidade, temos que encarar com os pés no chão que existem pessoas oprimidas, sem ter o que comer e o que beber. A indiferença mata, ela é fruto da desigualdade social e da miséria. É hora da “igreja em saída”, decididamente missionária e voluntária, exercer a fraternidade e combater a fome não pode se tornar refém das quatro paredes de uma igreja, ou com pessoas que se limitam somente às celebrações litúrgicas, na missa do domingo, ou de forma remota no conforto de sua casa, e quando desliga as plataformas o discipulado fica em off.
É importante destacar que é fora das quatro paredes, é na rua, ao lado de quem precisa de compaixão que a missão ganha sentido, a nossa oração deve ser convertida em prática, em obra de caridade. Neste tempo marcado pela reflexão do Tema da Campanha da Fraternidade 2023, Deus nos encoraja, em nossa firme decisão missionária e voluntária, pois a igreja é o povo de Deus presente e unidos na caridade e peregrinação, caminhando juntos, assumindo um firme compromisso com o apelo do Papa Francisco por uma igreja sinodal: comunhão participação e missão, o Santo Padre nos convida para responder em um mandato missionário, como igreja servidora que vai para as ruas e diversas linhas de ações, de forma participativa, não somente por um evento casual, mas participando de um processo que se estende por muitos anos, caminhando juntos e vivendo uma espiritualidade centrada em cristo que nos une formando uma fraternidade, com uma fidelidade a missão recebida e sempre querendo o bem do outro.
É necessário assumi um compromisso de um estado permanente de missão em constante ação. Ouço o Papa Francisco nos dizer que “não se pode deixar as coisas como estão, e que neste momento, não nos serve uma ‘simples administração’, constituamo-nos em ‘estado permanente de missão’, em todas as regiões da terra”. Os que realmente a escutam a palavra de Deus, os que ouvem a voz de Deus, o seu “chamado”, colocam em prática os ensinamentos do Mestre, e assim podem levar à superação da miséria e da fome no Brasil, porque Deus é Caridade é Misericórdia é Compaixão.