Os guaranicultores ganharam um apoio da ciência. Trata-se de uma máquina de despolpamento do fruto apreciado no Norte do País. Nativo do Amazonas, o guaraná já ganhou o mundo e, sob o olhar curioso da pesquisa agropecuária, incorpora gradativamente novos conhecimentos e tecnologias ao seu sistema de cultivo.
Conforme o pesquisador da Embrapa, Lucio Pereira Santos, o processamento pós-colheita de guaraná é o segmento da fase produtiva que demanda atenção especial, por ter implicações no rendimento e na qualidade do produto final.
A mesma lógica se aplica ao guaranicultor familiar. Em decorrência das cultivares superiores lançadas pela Embrapa, a produtividade da pequena propriedade cresceu nos últimos anos. Isso dificultou sobremaneira a realização do preparo e beneficiamento das sementes com as metodologias tradicionais.
Outros fatores importantes limitam a fase de pós-colheita sem o uso da mecanização adequada, como a necessidade de grandes espaços para fermentação dos frutos, Além disso, maiores consumos de energia, tempo e mão de obra, e da possibilidade de contaminação microbiológica da massa de grãos, assim como contaminações ambientais, especialmente dos cursos d’água, decorrentes da lavação das sementes.
A usina completa para o processamento pós-colheita – constituída pelo conjunto de equipamentos: desracemador, despolpador, lavador/separador de cascas/sementes, secador, dentre vários outros acessórios – passou por quatro anos de ajustes e adaptações. A tecnologia foi definida, testada e validada na Agropecuária Jayoro Ltda.. Durante o dia de campo, serão divulgadas diversas informações importantes, como custo final de investimentos para a aquisição, instalação, operacionalização e manutenção, personalizando os dimensionamentos em três categorias: pequena, média e grande propriedade.