Ex-ministro da Agricultura da China é condenado à morte por corrupção

Tang Renjian, que chegou a comandar a Agricultura e Assuntos Rurais do país, foi acusado de receber o equivalente a R$ 200 milhões em propinas; pena foi suspensa condicionalmente por dois anos.
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Foto: Reprodução redes sociais

O Tribunal Popular Intermediário de Changchun, na província de Jilin, anunciou neste domingo (28/9) a condenação à morte do ex-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian. O político, investigado desde maio, foi considerado culpado por corrupção após receber ilegalmente cerca de R$ 200 milhões entre 2007 e 2024.

A sentença contra Tang Renjian reforça a dura campanha anticorrupção em curso no país, conduzida pelo presidente Xi Jinping. O tribunal determinou ainda a perda perpétua dos direitos políticos do ex-ministro e o confisco de todos os seus bens pessoais.

Segundo a decisão, os fundos e juros ilícitos já recuperados serão destinados ao tesouro estatal, enquanto novas medidas serão tomadas para localizar valores ainda não devolvidos.

Tang ocupou cargos de destaque no governo chinês, entre eles o de governador da província de Gansu e o de diretor-adjunto do gabinete geral do grupo de liderança central para assuntos financeiros e econômicos. Sua queda política começou em maio de 2024, quando foi afastado das funções após abertura de investigação. Em novembro, acabou expulso do Partido Comunista e do serviço público.

Apesar da pena de morte, o tribunal aplicou a modalidade suspensa mecanismo exclusivo do sistema judicial chinês. Isso significa que Tang permanecerá preso durante dois anos, período em que sua conduta será monitorada. Se não cometer crimes intencionais, a punição poderá ser comutada para prisão perpétua. Já em caso de contribuições consideradas relevantes, a pena pode ser reduzida a prisão por tempo determinado. No entanto, qualquer reincidência criminosa pode levar à execução imediata, após revisão pelo Supremo Tribunal Popular.

Durante o julgamento, realizado em 25 de julho, Tang declarou-se culpado e demonstrou arrependimento diante dos magistrados. A decisão deste domingo reforça a estratégia de Pequim de endurecer o combate à corrupção, uma das principais bandeiras de Xi Jinping desde que assumiu a liderança do país.

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