O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou neste domingo (14/9) o Hospital DF Star, em Brasília, após se submeter a um procedimento dermatológico autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Escoltado por agentes da Polícia Penal, Bolsonaro retornou ao condomínio Solar de Brasília, onde cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.
Quadro delicado
O chefe da equipe médica, Claudio Birolini, afirmou que Bolsonaro está “bastante fragilizado com toda a situação”. Segundo ele, o ex-presidente mantém crises de soluço, enfrenta hipertensão em tratamento e tem se alimentado “menos do que gostaríamos”.
“Ele é um senhor de 70 anos, que já passou por diversas cirurgias. Está bastante fragilizado por essa situação toda. Seguiremos acompanhando de perto, tanto no pós-operatório quanto em relação às questões intestinais e pneumonias que ele vem apresentando”, disse o médico.
Na porta do hospital, Birolini falou à imprensa enquanto Bolsonaro aguardava a poucos metros, em silêncio. Do lado de fora, apoiadores gritavam “mito” e pediam a volta do ex-presidente ao poder.
A cena chamou atenção: apesar da debilidade descrita pelos médicos, Bolsonaro deixou o hospital sob forte escolta policial, em mais um episódio que mistura saúde e espetáculo político. O deslocamento, que contou com a presença dos filhos Carlos e Renan Bolsonaro, foi marcado pelo silêncio da família diante da imprensa.