Dino pede investigação da PF após ameaças de morte recebidas por voto contra Bolsonaro

Ministro do STF foi alvo de intimidações graves nas redes sociais depois de condenar ex-presidente Jair Bolsonaro.
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 Foto: Rosinei Coutinho/STf

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acionou nesta quarta-feira (10) a Polícia Federal (PF) para investigar ameaças de morte recebidas pelas redes sociais. O pedido foi feito um dia após Dino votar pela condenação  do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus no caso da trama golpista.

Em ofício enviado ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o ministro relatou ter se tornado alvo de “ameaças graves” contra sua vida e integridade física. As intimidações começaram logo depois que ele proferiu seu voto condenatório a Jair Bolsonaro.

Entre as mensagens recebidas, uma das mais alarmantes fez alusão ao incêndio que matou a esposa do ex-primeiro-ministro do Nepal, em meio aos protestos que resultaram na renúncia do primeiro-ministro KP Sharma Oli.

“Como sabemos, há indivíduos que são pendentes por cartas e discursos distorcidos sobre processos judiciais, implicando atos delituosos a exemplo de ataques ao edifício da sede do STF, inclusive com uso de bombas”, alertou Dino no documento.

Este não é o primeiro episódio envolvendo ameaças ao ministro. Recentemente, a PF indiciou uma mulher que tentou atacar Dino durante um voo entre São Luís e Brasília. A acusada, que teve o nome preservado, responderá pelos crimes de injúria e incitação ao crime.

O episódio ocorreu na segunda-feira (1°), às vésperas do início do julgamento do ex-presidente e seus aliados pelo STF.

Na tarde de terça-feira (9), Dino votou pela condenação de todos os réus envolvidos na trama golpista. Em sua manifestação, o ministro detalhou a participação de cada acusado e defendeu que houve atos executórios para uma tentativa de golpe.

O magistrado adiantou que proporá penas maiores para Bolsonaro e o general Braga Netto, por entender que ambos tiveram papel de liderança no processo.

A decisão de acionar a PF demonstra a escalada das tensões após o julgamento que pode resultar na prisão definitiva do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.

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