Eduardo chama indiciamento de “crime delirante” e ataca PF por vazar conversa com Bolsonaro

Deputado diz que sua atuação nos EUA buscava anistia a apoiadores e desafia: “Se o meu crime for lutar contra a ditadura, declaro-me culpado”
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Foto: Divulgação/PL - Beto Barata

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu nesta quarta-feira (20/8) ao indiciamento dele e de seu pai, Jair Bolsonaro, pela Polícia Federal. Ele classificou a acusação como “crime absolutamente delirante” e acusou a PF de agir de forma política ao vazar conversas privadas entre pai e filho.

As mensagens reveladas pela investigação mostram Eduardo discutindo com Jair Bolsonaro após o ex-presidente ter dito em entrevista que o filho não era “tão maduro assim” para a política. Irritado, Eduardo respondeu pelo WhatsApp: “VTNC SEU INGRATO DO CAR4LHø!”.

Críticas à PF e defesa política

Eduardo afirmou que o indiciamento não passa de um “desgaste político” e atacou o vazamento das conversas:

“É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados. O objetivo é evidente: não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político.”

Ataque à família

Para Eduardo, o indiciamento não é apenas contra ele ou o ex-presidente, mas um ataque direto à família Bolsonaro e a milhões de apoiadores que continuam fiéis ao projeto político do pai.

O deputado também justificou sua atuação nos Estados Unidos, dizendo que buscava o “restabelecimento das liberdades individuais” e defendia a aprovação de um projeto de anistia a bolsonaristas no Congresso americano.

Por que não Trump?

Eduardo ainda questionou a ausência de autoridades norte-americanas no relatório da PF:

“Causa espanto que a Polícia Federal aponte supostos partícipes de um crime absolutamente delirante, mas não identifique os autores. Se a tese da PF é de que haveria intenção de influenciar políticas de governo, o poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim nas de autoridades americanas, como o presidente Donald Trump, o senador Marco Rubio ou o secretário do Tesouro Scott Bessent. Por que, então, a PF não os incluiu como autores? Omissão? Falta de coragem?”.

Eduardo concluiu em tom desafiador: “Se o meu ‘crime’ for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão.”

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