A Prefeitura de Manaus reforça a importância da atualização vacinal contra o sarampo para fortalecer a proteção da população e evitar a reintrodução da doença no município. A vacinação contra a doença é gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo ofertada em mais de 170 salas gerenciadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), distribuídas em todas as zonas geográficas da capital.
A vacinação contra o sarampo é indicada para todas as pessoas com idade de 12 meses a 59 anos, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. As vacinas utilizadas no Brasil para a prevenção da doença são a tríplice viral, que protege também contra caxumba e rubéola, e a tetraviral, que acrescenta a essas a proteção contra a varicela, sendo ambas ofertadas na rotina do serviço público de saúde.
A cobertura vacinal contra o sarampo em Manaus é, atualmente, de 90,92%, considerando a primeira dose da tríplice viral, e de 81,61%, considerando a segunda dose, entre crianças a partir de 1 ano de idade. A meta definida pelo Ministério da Saúde para o imunizante é de 95%.
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, assinala que os índices vacinais abaixo da meta trazem o risco de reintrodução do sarampo no município. Ela ressalta que, neste ano, já foram registrados casos da doença em outros Estados, a exemplo de São Paulo e Tocantins, e em outros países, como a Bolívia, que é vizinha do Brasil e que, hoje, enfrenta um surto.
“Ter mais gente vacinada é a principal forma de barrar o sarampo, que é uma doença altamente contagiosa. Por isso, pedimos aos pais que não deixem de imunizar suas crianças, e às pessoas com esquema vacinal incompleto que vão até a unidade básica para receber a dose faltante”, orienta a secretária.
Conforme Shádia, os imunizantes contra o sarampo são ofertados em 172 salas de vacina da Semsa, distribuídos nos cinco distritos de saúde da capital, Norte, Oeste, Leste, Sul e rural. A lista de locais, com endereços e horários de funcionamento, pode ser consultada on-line no site da secretaria municipal, com acesso direto pelo endereço www.manaus.am.gov.br/semsa/unidades/vacinacao/.

Esquema vacinal
A gerente de Imunização da Semsa, Isabel Hernandes, explica que o esquema vacinal contra o sarampo, conforme o calendário nacional, prevê uma dose da tríplice viral para crianças aos 12 meses, seguida de uma dose da tetraviral, ou da tríplice viral em conjunto com varicela monovalente, aos 15 meses.
“Pessoas de 5 a 29 anos devem comprovar duas doses da tríplice viral. Caso não tenham recebido anteriormente, o intervalo entre as doses é de 30 dias. Por sua vez, as pessoas na faixa etária de 30 a 59 anos devem comprovar uma dose de tríplice viral”, esclarece.
Isabel enfatiza a importância da atualização vacinal para as famílias que planejam viajar para outros Estados e países com registro recente de casos de sarampo.
“Para evitar a infecção em locais com a presença da doença, pais, crianças e demais familiares devem estar com a vacinação em dia com, ao menos, 15 dias de antecedência da viagem”, orienta.
Agravo
O sarampo é uma infecção aguda, sendo o vírus da doença transmitido de pessoa para pessoa por meio de gotículas ou aerossóis, a partir da fala, espirros e tosse.
A gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Viviana Cláudia Almeida, ressalta o alto grau de transmissibilidade do agravo. “Uma pessoa infectada pode contaminar de 12 a 18 pessoas suscetíveis, ou seja, pessoas não vacinadas ou que nunca tiveram sarampo”, relata.
A principal medida de prevenção, conforme a gerente, é a vacinação completa, sendo recomendado também o isolamento domiciliar dos sintomáticos, o uso de máscara em ambientes fechados e o evitamento de locais com aglomeração de pessoas.
Os sintomas da doença, conforme Viviana, incluem febre e manchas avermelhadas, começando da cabeça e indo para os pés, podendo ocorrer também tosse, coriza, conjuntivite e manchas brancas na boca. Ela orienta que casos suspeitos da doença devem ser encaminhados imediatamente a uma unidade da rede de Atenção Primária à Saúde (APS).
“Lá eles serão avaliados e notificados, sendo ainda solicitados exames e repassadas orientações quanto às medidas de isolamento. Em caso de suspeita, serão investigados e acompanhados pelas equipes de vigilância em saúde da Semsa para ações de bloqueio”, explica a gestora, complementando que não há tratamento específico para sarampo, sendo ofertado suporte clínico quando necessário.