A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) declarou neste sábado (26), por meio de vídeo publicado em rede social em um perfil alternativo, que se considera uma “exilada política” na Itália. A fala ocorre após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 10 anos de prisão e à perda do mandato, em função do envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Sou uma perseguida política no Brasil”, afirmou Zambelli, ao agradecer o apoio do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Em entrevista ao portal Metrópoles, Flávio solicitou publicamente às autoridades italianas, incluindo a premiê Giorgia Meloni e o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, que recebam Zambelli.
“Eu queria dizer que hoje acordei com uma notícia muito boa, que é um vídeo do Flávio Bolsonaro falando por mim, pedindo por mim para a Giorgia Meloni, para o Matteo Salvini, que é o vice-primeiro-ministro daqui, pedindo para que me recebessem porque sou uma exilada política, sou uma perseguida política no Brasil”, destacou a parlamentar.
“Eu não sei se a Carla vai estar nos ouvindo, mas, se ela estiver na Itália mesmo, quero pedir às autoridades italianas, publicamente, que abram as portas do governo para essa perseguida política, porque ela foi para lá por saber que não enfrentaria um processo justo e imparcial já está pré-condenada”, afirmou o senador Flávio Bolsonaro em entrevista ao portal Metrópoles no último dia 24.
Zambelli está fora do país desde o início de junho. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, determinou sua inclusão na lista de difusão vermelha da Interpol no mês passado mecanismo que facilita sua eventual prisão internacional.
A deputada também agradeceu ao advogado Fábio Pagnozzi e aliados que a defendem no Brasil. Sua conta oficial nas redes sociais está bloqueada por decisão do Supremo desde 4 de junho.
Em entrevista à CNN no início de julho, o advogado Fábio Pagnozzi afirmou que Carla Zambelli não se encontra foragida e destacou que a parlamentar está “à disposição das autoridades italianas”.
