A cheia do Rio Negro em Manaus é considerada, pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a quinta maior da capital. Na quinta (5) e nesta sexta-feira (6), o nível do rio se manteve estável, com a cota de 29,44 metros. O órgão prevê que o rio chegue a 29,60 metros até a metade do mês de junho.
Manaus está em situação de emergência desde maio. Cerca de 14 bairros da área central da cidade são afetados pela cheia.
Conforme informações do CPRM, a cheia deste ano está 2 centímetros acima da registrada em 1989, quando o Rio Negro alcançou 29,42, em julho daquele ano. O rio chegou ao quarto maior nível em junho de 1976, com 29,61m. O nível fica atrás da cheia de junho de 1953, de 2009 e da maior cheia do Rio Negro em Manaus, alcançada em maio de 2012, quando o rio atingiu 29,97m.
De acordo com informações do Serviço Geológico, a cheia do Rio Negro em Manaus é causada pelo represamento feito pelo Rio Solimões no “Encontro das Águas”. Além disso, segundo o órgão, a cheia também é resultado da influência do degelo dos Andes.
As chuvas que ocorrem nos países fronteiriços (Perú e Bolívia), nas regiões Oeste e Sudoeste da bacia Amazônica brasileira, também provocam cheia dos afluentes do Rio Amazonas na margem direita.