Profissionais e gestores de saúde da Prefeitura de Manaus participaram do 1º Encontro de Saúde de Migrantes, Refugiados e Apátridas, na terça-feira, 4/12, no auditório da faculdade Martha Falcão – Wyden, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul. O evento visa o aprimoramento das equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) para o atendimento e o cuidado voltado a essas populações, bem como o fortalecimento e a articulação das redes que integram o Sistema Único de Saúde (SUS).
A programação foi coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio da Divisão de Promoção da Equidade às Populações Vulneráveis, em parceria com as agências da Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef).
Conforme o chefe da Divisão de Promoção da Equidade às Populações Vulneráveis da Semsa, Celso Cabral, o encontro visa instrumentalizar as equipes da APS para uma atuação voltada à qualidade e à ampliação do acesso à saúde das populações móveis. A mesa-redonda do evento trouxe, entre outras, questões como direitos de acesso ao SUS, fluxos da APS e o acolhimento humanizado a migrantes e expatriados.
“A proposta desse encontro é qualificar profissionais e gestores no cuidado à saúde, fortalecendo ações de atenção, promoção e vigilância já desenvolvidas de forma rotineira pela rede de atenção primária nas diferentes zonas de Manaus”, ressaltou.
A mesa de honra do evento contou com a diretora de Atenção Primária, Sonja Farias, representando o subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, ao lado da chefe de escritório da Acnur de Manaus, Laura Lima; da coordenadora de Saúde da OIM, Mariana Camargo; e da consultora de Saúde e Nutrição do Unicef, Lia Ferreira.
Debates
A agenda do Encontro de Saúde de Migrantes, Refugiados e Apátridas: Diálogos sobre a Atenção e Cuidado na APS no Município de Manaus contou com uma mesa-redonda, pela manhã, e de um painel temático de compartilhamento de experiências, à tarde. A mediação das atividades ficou a cargo da chefe do Núcleo de Promoção do Respeito à Diversidade da Semsa, Liége Franco de Sá.
Na mesa-redonda, gestores e técnicos da Semsa discutiram os deslocamentos mundiais e regionais de pessoas, a Política Nacional de Migração do Brasil, dados epidemiológicos e de morbimortalidade de estrangeiros em Manaus e o mapeamento, vinculação e promoção do cuidado de populações móveis na capital.
À tarde, profissionais dos cinco Distritos de Saúde (Disas) da Semsa, Norte, Leste, Oeste, Sul e Rural, participaram de um painel temático, compartilhando experiências de promoção do cuidado para migrantes e expatriados no município.