Para combater a “vassoura-de-bruxa” (moniliophthora perniciosa), a principal doença que afeta cultura do cupuaçuzeiro, uma pesquisa, apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está fazendo avaliação quanto à resistência da praga mediante a combinação de progenitores (pai e mãe), responsável pela geração da árvore do cupuaçu, em busca de materiais resistentes à doença e da tecnologia mais segura para o plantio.
O estudo amparado pelo Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, da Fapeam, é uma contribuição ao melhoramento da cultura, pois a avaliação de mudas, quanto à resistência da doença por meio da inoculação artificial, pela transferência dos esporos (estrutura do fungo que é capaz de causar a doença) para a superfície de uma parte da planta para provocar a doença, em condições especiais que imitam o que acontece no campo de forma natural e permite a seleção de mudas com potencial de resistência, conforme explica a coordenadora do estudo, Maria Geralda de Souza, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental em Manaus, na área de Fitopatologia.
“A importância reside ainda nas progênies (conjunto de descendentes) de meios irmãos que não manifestaram sintomas da doença em condições de inoculação artificial, o que é um indicativo do seu potencial de resistência à doença para serem trabalhadas no programa de melhoramento da cultura, visando a obtenção da tecnologia, que são as cultivares de cupuaçuzeiros resistentes à vassoura-de-bruxa”, acrescenta a pesquisadora.