Em pouco mais de duas semanas, Prefeitura de Manaus já beneficiou mais de 5,3 mil famílias com ajuda humanitária às comunidades isoladas pela vazante histórica

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Fotos – Divulgação / Semcom

Nesta segunda-feira, 16/10, o rio Negro atingiu a cota de 13,59 metros, de acordo com as medições do porto de Manaus, se consolidando como a maior vazante da história. Desde o início do processo de estiagem, a Prefeitura de Manaus tem adotado medidas para assistir à população atingida pela seca histórica, em uma força-tarefa emergencial, comandada pelo prefeito David Almeida.

Em pouco mais de duas semanas de operação “Estiagem”, as comunidades do rio Negro, no entorno da capital, já foram todas atendidas pela ajuda humanitária; e as do rio Amazonas, serão concluídas nesta semana, nesta primeira fase das ações.

Até hoje, já foram atendidas mais de 5,3 mil famílias dos rios Negro e Amazonas, com a distribuição de 6.040 cestas básicas e itens higienes para 59 comunidades ribeirinhas, sendo 33 no rio Negro, quatro no Puraquequara, 12 no Baixo Amazonas e dez no Tarumã-Açu.

Além disso, 60 mil litros de água potável foram distribuídos, prioritariamente, para as comunidades que não possuem poço artesiano ou que o poço ou o lago atendido secou, por conta da vazante. A prefeitura informa que continuará monitorando novas comunidades que, porventura, necessitem de apoio emergencial e humanitário.

A Costa do Jatuarana, no Baixo Amazonas, é uma das áreas afetadas com a seca, que, hoje, é de difícil acesso. Segundo Maria José, presidente da comunidade, a chegada dos mantimentos, no último dia 11, veio em uma boa hora. “É uma ajuda grande. Não só para mim, mas para todos. Até pescar no rio Jatuarana está difícil e muito dificultoso, porque está tudo seco. É a primeira vez que um prefeito olha pela gente nessa situação difícil. Então, só temos a agradecer”, enfatizou Maria José.

Emergência

Em 28 de setembro, o prefeito de Manaus, David Almeida, decretou situação de emergência na capital, válida por 90 dias, em virtude da vazante histórica do rio Negro, que vem causando graves prejuízos às zonas ribeirinha e rural da cidade.

Já no dia seguinte, a prefeitura providenciou a entrega de 20 embarcações, tipo bote, e 60 motores, que beneficiaram quase 150 comunidades em nove polos rurais, para que conseguissem se locomover pelos rios, mesmo com pouca água.

Além dos recursos próprios do município, o prefeito também se reuniu com comandantes de cada força militar, em busca de apoio logístico.

Com o governo federal, esteve em reunião com a comitiva que veio a Manaus, na primeira semana de outubro, liderada pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para ampliar os recursos para a ajuda humanitária.

“Todas as comunidades mapeadas no rio Negro já foram atendidas. E vamos finalizar, esta semana, no rio Amazonas. Nós temos uma programação para atender esse grave problema da estiagem por até 90 dias. Com essas cestas que nós estamos enviando, chegamos a 6 mil kits de alimentos básicos distribuídos e que vão atender a população que, neste momento, necessita do braço e do apoio da prefeitura”, declarou o prefeito David Almeida.

Segurança

A interdição por 90 dias da praia do complexo turístico Ponta Negra, para o banho, aconteceu em 2 de outubro, para a segurança dos banhistas.

Naquele momento, o rio Negro atingia a cota de 15,29 metros, abaixo da altura mínima considerada segura de 16 metros, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado, em 2013, junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), com órgãos municipais e estaduais signatários do compromisso, incluindo Corpo de Bombeiros do Amazonas (CB-AM) e Polícia Militar.

“Como podemos ver neste momento, cria-se uma areia movediça e existem buracos, em função do aterramento e por ser uma praia artificial. Tudo isso foi constatado pelo Corpo de Bombeiros e a recomendação é que a praia está inapropriada para o banho”, declarou o prefeito, na ocasião da interdição da praia da Ponta Negra para banho.

Água potável

Em conjunto com a concessionária Águas de Manaus, o Executivo municipal vem perfurando poços artesianos, chegando a um total de 30, para levar água potável e essa estrutura ficar permanente em várias comunidades às margens da cidade, independentemente da estiagem.

Já foram perfurados cinco poços fluviais, nas comunidades São Francisco do Solimãozinho (rio Negro), Terra Nostra (BR-174), além das comunidades Nazaré, União e Progresso e lago do Fastino, todas no Baixo Amazonas. E outros dois poços terrestres nas comunidades do Tiú e São Sebastião, no Tarumã.

E os 60 mil litros de água distribuídos às comunidades, entre embalagens de 20 litros, 40 litros e 50 litros, também aconteceram por meio de parceria com a Águas de Manaus. Nas comunidades rurais, onde há escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed), essas foram atendidas pelos poços das respectivas unidades de ensino.

A força-tarefa emergencial da Prefeitura de Manaus envolve várias secretarias municipais, dentre elas: de Agricultura, Abastecimento, Centro e Mercado e Comércio Informal (Semacc); da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc); de Educação (Semed); de Saúde (Semsa); de Limpeza Urbana (Semulsp); de Infraestrutura (Seminf); Defesa Civil de Manaus, e apoio da concessionária Águas de Manaus.

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