Começou, nesta quarta-feira (02/08), o encontro “Science By and For the Amazon”, promovido pela Rede Interamaricana de Academias de Ciências (Ianas) e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC). A diretora-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Márcia Perales Mendes Silva, representou o Governador do Amazonas no evento, que tem como objetivo gerar contribuições da comunidade científica do continente americano para a Cúpula dos Países Amazônicos.
O evento, que ocorre até esta quinta-feira (03/08) no auditório do Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), reúne as Academias de Ciências da região e atores regionais relevantes para discutir como mobilizar a comunidade científica das Américas para apoiar o desenvolvimento de soluções sustentáveis para a região amazônica.
Durante o encontro, Márcia Perales destacou que o estado do Amazonas tem investido, fortemente, em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), e lembrou que desde 2019, na gestão do Governador Wilson Lima, a CT&I foi reposicionada como área estratégica, prioritária e estruturante para o desenvolvimento social, ambiental e econômico do Amazonas.
“Hoje, temos uma política pública de estado com investimentos crescentes de gestão competente e avaliação permanente, que estão presentes no esforço conjunto, por meio da Fapeam, com recursos do tesouro estadual, mas sobretudo na parceria com instituições do estado”, declarou.
A diretora-presidente da Fapeam enfatizou ainda que a região amazônica atrai os olhares do mundo, e reforçou que as comunidades que vivem na região têm muito a contribuir e sinalizar para possíveis caminhos que se pode percorrer ao conhecimento científico, valorizando o tradicional.
Na oportunidade, a presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, destacou que a Fapeam atua com um grande trabalho na área de CT&I, e que o Governo do Amazonas acredita e investe em ciência. Sobre o encontro, ela pontuou que se não houver um networking e uma rede entre todos os países amazônicos nada vai acontecer e que acredita na colaboração via ciência.
“Temos muitos dados sobre a Amazônia, mas ainda não sabemos tudo. Precisamos trazer equidade dos fatos para os povos que habitam essas regiões. Acreditamos que via ciência, a colaboração entre os países da Amazônia e os demais países da América a gente pode conseguir ter um impacto na conservação e no uso correto da biodiversidade, e com isso ter um impacto nas mudanças climáticas”, disse Nader.
Para o vice-presidente da ABC para a Região Norte, o pesquisador do Inpa, Adalberto Val, o desenvolvimento sustentável precisa ser entendido como processo que conservem o meio ambiente, mas que viabilizem a inclusão social e a geração de renda na região, além de que a ciência e tecnologia tornam-se ferramentas essenciais para esse processo.
“Precisamos entender que a Amazônia não é um vazio demográfico. Temos gente e instituições que produzem ciência e é preciso socializar isso”, acrescentou.
Sobre Academias Américas
As Academias de Ciências das Américas têm uma capacidade privilegiada de mobilizar a comunidade científica da região e oferecer aos formuladores de políticas públicas (nos níveis local, regional e global) aconselhamento baseado em evidências científicas em temas relacionados à Amazônia e sua interconexão com tópicos relacionados às mudanças ambientais globais e os impactos destas na segurança alimentar e hídrica, saúde, perda de biodiversidade, desastres naturais, entre outros assuntos críticos.