Quinze estudantes da sala de Recursos Multifuncionais, da Escola Estadual (EE) Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro, no São Lázaro, zona sul de Manaus, apresentaram o projeto “Da Sala de Recursos Multifuncionais sobre a Ponte Rio Negro – Tecnologia e Acessibilidade”. A atividade aconteceu ontem (28/07), no auditório da unidade de ensino.
Nas salas de Recursos Multifuncionais, de escolas da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, os profissionais da educação realizam planejamentos e atendimentos individuais, buscando trabalhar nas dificuldades de alunos com deficiência, unindo tecnologia e acessibilidade.
O projeto sobre a Ponte do Rio Negro é o segundo realizado utilizando a Sala de Recursos Multifuncionais, da EE Brigadeiro Camarão Telles. O primeiro aconteceu no ano de 2022, com o tema voltado para a energia eólica.
O gestor da escola, Marcos Vinícius Meirelles, contou sobre a importância da sala no processo de inclusão dos alunos. “É absolutamente importante. Os alunos com deficiência têm especificidades, são alunos efetivamente especiais, porque eles desenvolvem coisas que outros alunos não conseguem. Temos alunos que cantam, que têm altas habilidades em matemática, entre outros, que se desenvolvem nessas salas. Nós só temos ganhos com as atividades”, explicou o gestor.
O Projeto
As atividades, que compõem o projeto, começaram a ser desenvolvidas desde maio deste ano, como reuniões, ensaios gerais e estudos do tema. Os estudantes abordaram questões como a história da construção da ponte, questões de infraestrutura, importância da obra para o estado, entre outros.
O professor da Educação Especial e idealizador do projeto, Aldean Pinheiro, falou sobre a escolha do tema e a rotina dos estudantes para o desenvolvimento do trabalho.
“O projeto teve três meses de preparação. Ano passado, falamos sobre energia eólica, mas ela não é uma estrutura que temos aqui na região Norte, então, nós resolvemos, junto com o gestor da escola, este ano, homenagear a ponte Rio Negro, por meio da apresentação dos alunos autistas”, destacou o professor.
Uma das estudantes que participou foi Emmanuelle Pinheiro, 13, que tem baixa visão e está no 7° ano do Ensino Fundamental. Ela falou sobre como o projeto a ajudou a perder a timidez de falar em público e como ficou feliz em participar.
“Foi muito bom participar. Eu tenho muita vergonha com o público e o projeto me ajudou bastante a perder o medo e a vergonha. Eu gostei de participar. Quando tínhamos ensaio geral, a gente ensaiava e depois o professor fazia algo para descontrair e a gente não ficar nervoso. Eu não esperava o tema, mas foi muito bom aprender sobre a Ponte”, contou a aluna.