AUXÍLIO BRASIL: Senado aprova o valor mínimo de R$ 400 de forma permanente

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Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial.

Nesta quarta-feira (4) o Plenário do Senado aprovou a medida provisória que garante de forma permanente o valor mínimo de R$ 400 para as famílias beneficiárias do Auxílio Brasil (MP 1.076/2021). Com a aprovação do novo valor do Auxílio, o governo passará a desembolsar cerca de R$ 90 bilhões anuais com o programa.

A Medida Provisória Inicial enviada pelo governo federal previa o piso somente até dezembro de 2022, mas o substitutivo aprovado institui o “benefício extraordinário”, uma espécie de complemento ao valor do Auxílio Brasil de forma permanente. Sem o benefício extraordinário para completar o valor mínimo de R$ 400, o Auxílio Brasil teria um tíquete médio de R$ 224.

O  relator senador Roberto Rocha (PTB-MA), comemorou a aprovação. Ele lembrou que o Auxílio Brasil substituiu o Bolsa-Família como principal programa de renda do governo federal, e fez uma comparação entre os dois:


O país dá hoje um passo decisivo pela erradicação da extrema pobreza. Ao tornarmos permanente o benefício extraordinário, incluiremos os mais necessitados no orçamento como nunca feito antes. Estamos falando de triplicar o orçamento que o Bolsa-Família tinha  disse Rocha.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A estimativa é que o governo precise desembolsar R$ 41 bilhões por ano para bancar o complemento do benefício. Só com o volume regular do Auxílio Brasil, o governo gasta cerca de R$ 47,5 bilhões anuais.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) declarou voto a favor da proposta, mas fez uma ressalva quanto à comparação com o Bolsa-Família. Para ele, a situação econômica atual do país torna o Auxílio Brasil mais frágil do que o seu antecessor.


O aumento dos beneficiários sequer alcança a quantidade de novos pobres gerados na época da pandemia. A inflação na época da criação do Bolsa Família era de 4% a 5%, agora é de 10% a 12%. O projeto era feito com data para terminar na eleição. Nenhuma preocupação com sensibilidade social espontânea “  criticou.

O texto da MP foi modificado e aprovado pela Câmara dos Deputados e, agora segue para sanção do Presidente Jair Bolsonaro . O Senado não fez novas mudanças.

Com informações da Agência Câmara  e  Agência Senado

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