O Prefeito de Coari, Adail Filho, deu início nesta segunda-feira, 8, na Vila do Itapéua, as ações de enfrentamento à Covid-19 na área ribeirinha do município. As atividades na zona rural devem atingir mais de três mil pessoas e vão ser coordenadas pela Secretaria Municipal de Saúde – Semsa. Dentre os principais trabalhos que serão desenvolvidos estão busca ativa e atendimentos, com entrevistas e testagem em massa para o novo coronavírus, assim como foi realizado na zona urbana.
Adail Filho destaca que esta é uma ação diferente de muitas que acontecem no interior do Estado porque alcançará todas as populações ribeirinhas locais, inclusive os povos indígenas. “Iremos com toda a nossa estrutura de saúde até mesmo nas áreas mais isoladas para medicar e tratar as pessoas a fim de prevenir o agravamento do quadro de Covid-19 do paciente e ele se cure na comunidade, sem que seja necessário a internação. Nosso objetivo é evitar ao máximo o número de óbitos no nosso município”, afirmou.
A zona rural já tem transmissão comunitária do novo coronavírus, ou seja, que não dá mais para mensurar de onde o vírus está vindo, diante disso, foi traçado um planejamento e as estratégias para atender todas as regiões, conforme destaca o prefeito Adail. “Estamos tratando com muito afinco, determinação e transparência esse trabalho de combate e prevenção à Covid-19 no município de Coari, e se Deus quiser, e ele há de permitir, vamos intensificar ainda mais nossas ações para que possamos vencer esse desafio”, garante.
A secretária de Saúde Francisnalva Mendes explica que as atividades desenvolvidas na zona rural contarão com o suporte da Unidade Básica de Saúde – UBS Fluvial Prefeito Roberval Rodrigues, que irá percorrer todas as calhas de rios e lagos de Coari, no período de 20 dias, atendendo em polos específicos, com suporte de lanchas rápidas, que irão em comunidades no entorno da sede municipal e também de carros, que visitarão a Vila Lourenço, Saubinha e Estrada Coari-Itapéua.
Serviços ofertados
Francisnalva ressalta que dentre os atendimentos oferecidos a população, destaca-se a testagem em massa dos ribeirinhos e a entrega da medicação do protocolo Covid-19 (Azitromicina, Ivermectina, dentre outras medicações), que será feita mediante confirmação do teste rápido e com aval médico e as devidas orientações. Além disso, serão doadas máscaras de proteção aos comunitários e kits de higienização às famílias para que tenham ainda mais proteção contra o vírus.
A UBS Fluvial também irá ofertar todos os tipos de vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, bem como atendimento às gestantes, hipertensos, diabéticos e demais doentes crônicos, que fazem parte do grupo de risco para a Covid-19. Ainda será disponibilizado atendimento médico, odontológico e de enfermagem, entre outros serviços.
Atendimento aos indígenas
A ação também levará atendimento para todos os indígenas que moram no município. A primeira região a receber os serviços de saúde será a comunidade indígena São José da Fortaleza, no Rio Copeá. A ação no local acontecerá no próximo dia 13.
As demais áreas indígenas serão atendidas em julho durante uma ação voltada especificamente para elas. De acordo com Francisnalva Mendes, mês que vem, a equipe de saúde da Semsa irá em todas as comunidades indígenas para oferecer testagem em massa para Covid-19, atendimento médico, odontológico e de enfermagem, além de entrega de kits de higiene, máscaras e medicamentos para os casos positivos.
‘Gratidão’
A aposentada Maria Barbosa de Lima, 68, moradora da comunidade Divino Espírito Santo, foi uma das pacientes que aproveitou a ação da saúde na Vila do Itapéua para se consultar com o médico e tomar a vacina contra a gripe. Segundo ela, a iniciativa veio em boa hora. “Desde que o vírus chegou em Coari não vou na cidade, então ainda não tinha me vacinado. Graças a Deus vieram até nós. Assim evita que a gente, que está se protegendo em casa, se coloque em risco indo para a sede do município”, disse.
Outra que também recebeu atendimento da equipe de saúde foi a aposentada Francisca Gama de Souza, 77, da Vila do Itapéua. Ela revela que ficou feliz ao saber que não tinha mais o vírus. “Passei uns dias muito mal, mas graças a Deus estou curada. Foi muito bom os profissionais de saúde terem vindo aqui porque a gente estava precisando”, reitera.