O sonar é um equipamento utilizado para obter imagens de áreas submersas. Segundo registros históricos, sua utilização teve início com o naufrágio do navio britânico Titanic, em 1912, algumas horas depois de colidir com um gigantesco iceberg. Também é muito utilizado durante períodos de guerra, para localização de submarinos, na pesca, estudos atmosféricos e em pesquisas científicas. “É como um raio-x do que está abaixo da superfície”, comparou a oceanógrafa Miriam Marmontel, líder do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá que vem utilizando esse equipamento para estimar a abundância de peixes-boi no Lago Amanã, na reserva de desenvolvimento sustentável de mesmo nome.
É o que explica a mestranda da Universidade Federal de Rio Grande e pesquisadora do Instituto Mamirauá, Camila Carvalho de Carvalho: “O objetivo final do trabalho do sonar é estimar a abundância de peixes-boi no Lago Amanã. Nós estamos nas etapas iniciais, ajustando as configurações, tentando encontrar a melhor maneira de realizar os transectos em um lago com mais de 40 km de extensão. Nesta etapa, nós também estamos buscando imagens de outras espécies que possam se confundir com o peixe-boi amazônico numa imagem de sonar como os outros grandes vertebrados aquáticos: pirarucu, botos, tucuxis e jacarés. Com isso, vamos ter um banco de imagens completo que auxiliará na interpretação das imagens obtidas com o sonar”.








































