Wilker Barreto manifesta preocupação com crise e fechamento de unidades de saúde

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A Câmara Municipal de Manaus (CMM) quer ouvir os secretários de Saúde do Estado e da Prefeitura para explicar, aos vereadores, as medidas de enfrentamento à crise e os cortes que atingem seriamente a saúde. Na manhã desta segunda-feira (23), o presidente do Poder Legislativo Municipal, Wilker Barreto (PHS) pediu à Comissão de Saúde da Casa que encaminhe ofício à Mesa Diretora para ser encaminhado ao Executivo Estadual e Municipal.

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Foto: Tiago Corrêa – DIRCOM/CMM

Os parlamentares querem saber mais detalhes sobre as mudanças que serão feitas, entre elas, fechamento de maternidades e transformação dos Centros de Atenção à Melhor Idade (Caimis), Centros de Atenção Integral à Criança (Caics) e Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Outro ponto polêmico atingido pelas medidas, mas na área da Cultura é o corte de ajuda para o Festival Folclórico de Parintins.

Wilker Barreto ressaltou não querer estar no lugar do governador José Melo e fez um apelo para que ele repensasse algumas medidas. “A crise está instalada, uma crise nunca vista na história econômica de um País”, disse, enfatizando que, com a decisão, o governador decretou a falência do sistema de saúde no Estado. “É, porque o que está se colocando aqui não é corte, é a falência”, disse, creditando a crise ao Governo Federal.

“É muito preocupante fechar unidades de saúde, mas não podemos deixar de pensar no desespero do pai de família. Imagino o mal estar do pai de família desempregado há meses. É esse que vai ao posto de Saúde. É, porque o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) está chegando ao fim e a saúde está sem perspectiva. Essa pessoa vai ser usuário do SUS, mais cedo ou tarde”, avaliou.

Diante da situação, classificada por ele como pré-falimentar do Estado, o parlamentar deu uma sugestão. “Queria poder ter acesso aos números, mas entre fechar os postos de saúde e exonerar cinco mil comissionados. Imagine mandar para casa cinco mil pais de família. Mas é isso ou o sistema de saúde. É praticamente deixar secretarias funcionando só com porteiro. Mas isso, é uma tomada de decisão”, analisou, ao afirmar, também, que entre cultura e saúde, é a favor da saúde.

Sobre o corte para o Festival de Parintins, Wilker disse que concorda, no entanto, defende que os cortes não sejam suspensos às vésperas da festa. “A crise estava instalada faz tempo. Qualquer economista consegue prever os próximos meses. Um festival do tamanho do Festival de Parintins tem como se realizar, pois é vendável, obviamente que dificilmente encontraríamos um patrocínio no momento de crise, mas viria alguma coisa (de recursos). Medidas desse porte devem ser combinadas com a sociedade”, assegurou.

Ainda na sua reflexão sobre os cortes na área da saúde, o presidente Wilker Barreto defende a conversa aberta com a sociedade. “Entre fechar uma escola, que já é duro, e um posto de saúde, qual a decisão a ser tomada? O fechamento da escola penaliza o aluno na questão acadêmica, mas sem o hospital, você morre”, disse ele, ao afirmar ter a certeza que o governador José Melo vai repensar as medidas.

“Infelizmente, o Brasil está em condições pré-falimentar. Quando vejo como se brincou com a política econômica. Usaram o cartão de crédito como se a conta nunca fosse chegar e o déficit do Brasil foi para R$ 200 bilhões. O mais afrontoso é o orçamento com um superávit de R$ 24 bilhões. Isso é crime de falsidade ideológica”, criticou, referindo-se ao Governo Federal.

Wilker Barreto garantiu que a Casa pode discutir, debater e chamar os agentes públicos para que possam falar abertamente sobre a situação para a cidade. Ele disse ter a convicção de que o governador José Melo será sensível ao apelo dos vereadores. “Essa conta não é do governador e nem do prefeito. Se tiver que fechar os demais setores fica só com saúde, segurança e educação, mas tem que jogar limpo com a população. Tenho a certeza que o governador não vai se furtar em ouvir o clamor do povo, porque se não mudar essa política, os prontos-socorros vão virar zona de guerra. E acreditem, o nosso sistema de saúde comparado ao de outras capitais é bem melhor”, garantiu.

O presidente do Poder pediu paciência com o governo transitório de Michel Temer, presidente interino do País. “Essa é a esperança. Deus me livre volte ao antigo governo e o nosso destino é um só, a Venezuela”, finalizou.

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